Arriba Brasil
1. O mercado da comunicação do marketing começa a apresentar os primeiros sintomas de reação, embora com duas a três semanas de atraso em relação ao que se esperava do segundo semestre, que, no Brasil, e nesse segmento, tem início pra valer em 1º de agosto.
A Rede Globo contribui para essa partida, homenageando em grande campanha seus parceiros patrocinadores dos Projetos Futebol e Copa do Mundo da Fifa 2014.
Dado o primeiro passo, ficará mais fácil desatar o nó que vem segurando a economia, mas é necessário que todos se conscientizem da necessidade da colaboração de cada um no processo.
Se faltam lideranças políticas a comandá-lo, que isso seja direcionado pela mídia para outras zonas de influência, nas quais são forjados outros tipos de líderes, que sabem sair da teoria para a prática rapidamente e sem se valer da função para vantagens pessoais.
Mais que nunca, devemos praticar o lema dos mosqueteiros de Dumas, segundo o qual um fazia por todos e todos faziam por um.
A mídia tem papel preponderante nesse processo, mas precisa rever seu comportamento notoriamente pessimista em relação ao país de hoje, contribuindo com a divulgação de fatos positivos que diariamente ocorrem em todas as regiões brasileiras, sem se descuidar, entretanto, de prosseguir sendo “os olhos da nação”, como ensinava Rui.
Por esses olhos devem passar obrigatoriamente boas notícias, que estimulam o público e podem contribuir para darmos melhor rumo aos acontecimentos.
A ideia de que a crítica vende mais jornais e revistas, além de aumentar a audiência dos eletrônicos, torna-se hoje enfraquecida pela velocidade das redes sociais ao alcance de todos.
Pode residir no registro dos bons exemplos o redimensionamento dos meios tradicionais, hoje afetados pela crise mundial, pela letargia política brasileira e pelo avanço crescente do digital.
Devemos lembrar com frequência da história do passarinho que levava água no bico para apagar o incêndio na floresta e que, contestado por bichos maiores à beira do rio de onde ia e vinha do fogaréu, repetia compenetrado que estava fazendo a sua parte.
Precisamos todos fazer a nossa parte e nesse quesito não adianta a desculpa de que já estamos fazendo. Reflita o leitor sobre a frase de Molière abaixo (“Frases”) e se convença de que sempre há muito por se fazer quando se tem vontade e o momento exige.
2. Dentro desse cenário, a classe política brasileira poderia aproveitar melhor a exagerada secundagem gratuita que a legislação por eles criada lhes confere na mídia eletrônica, para contribuir no soerguimento da economia.
Com ideias bem elaboradas, inclusive com o apoio de gente que entende, fariam melhor pelo país do que as obviedades desses programas político-partidários enfadonhos, repetitivos e que não levam a nada.
Boas agências de propaganda poderiam ajudar nessa tarefa, valorizando ao extremo o que hoje pode ser considerado um colossal desperdício.
Poderia entrar nesse pacote a famigerada “A Voz do Brasil”, que nos tolhe da liberdade de escolha no horário. Em uma metrópole como São Paulo, por exemplo, onde os engarrafamentos no trânsito são cada vez maiores, multiplicando-se pelos bairros, a orientação das emissoras de rádio para os motoristas proporcionaria grande contribuição para amenizar o problema.
Ao invés, temos que desligar o aparelho no horário oficial ou sofrer ouvindo com desinteresse o que ou pouco nos interessa, ou estamos cansados de saber.
3. A agência Preview, especializada no segmento de health care, acaba de ser vendida para o McCann World Group, criando a McCann Health Brazil. Essa operação foi intermediada pelo consultor Antoninho Pereira Rossini durante os últimos dois anos. A Preview, que tem sede no bairro de Pinheiros (SP), deve se transferir brevemente para o edifício-sede da WMcCann, na Vila Mariana (SP).
A McCannHealth Brazil se prepara para ampliar sua participação nesse mercado junto à indústria farmacêutica.
Este editorial foi publicado na edição impressa de Nº 2463 do jornal propmark, com data de capa desta segunda-feira, 26 de agosto de 2013