Artplan, Fbiz, Pulse e outras agências buscam relevância com o retail media

Disciplina ainda está relacionada às estratégias do varejo, mas há espaço para estar no leque omnichannel com olhar para jornada

Especialista em dados, implementação de tecnologias, CRM e programas de fidelidade, a match.mt, um dos braços de negócios da Fbiz, está com suas âncoras no retail media, como explica o CEO Leandro Ribeiro. “Em uma pesquisa da Retail Media Insights publicada no ano passado, 79% da indústria e 73% dos varejistas afirmam já estarem trabalhando com retail media. O ponto é que a pesquisa ouviu apenas 60 empresas, as maiores do Brasil. E os players mais maduros, que têm acesso antecipado à informação e recursos, são pioneiros. Na minha visão, a maioria do mercado ainda está entendendo o modelo. O interesse pelo assunto é enorme e esse ano teve cerca de 2,5 mil brasileiros presentes no NRF. O desafio para os varejistas está em formatar a oferta – traduzindo inventário, dados e audiências em produtos de mídia fáceis de vender e gerenciar. Por conta disso, temos visto grandes movimentações de profissionais do mercado de mídia trocando as big techs pelo varejo. Do lado da indústria e das agências, está em como incluir mais esse canal no plano de mídia, sem aumentar investimento e comprometer os resultados”, adverte Ribeiro.

A transformação digital é um desafio à parte, mesmo com tantos anos em andamento, sobretudo para os varejistas cujos clientes demandam experiências conectadas. Ribeiro continua sua linha de raciocínio: “A resposta veio em investimentos em gente e tecnologia para identificar os clientes, fortalecer os canais digitais e oferecer atendimento omnichannel de maneira personalizada. A questão é que essa conta custou caro e nem todos conseguiram o retorno que se esperava. O retail media vem como uma nova forma de geração de receita e ajuda a rentabilizar esse investimento feito no passado utilizando o conhecimento adquirido sobre o consumidor através dos dados, os canais digitais (site, app, email, WhatsApp) e digitalizados (lojas físicas e vendedores) como vitrine para a indústria. Ou seja, é possível gerar receita com a propaganda de um produto e além da própria venda”.

Dani Ricotta, diretora de ecossistema de canais e digital learning da Artplan, observa o retail media apenas no plano estratégico para o varejo. “Porém, ainda muito com o olhar para aumento de performance, já que os ambientes de retail são parte central da jornada do consumidor. No sentido mais amplo das estratégias de retail – no omnichannel –, nas experiências de marca físicas ou digitais, no gerenciamento de dados unificado das plataformas – ainda temos bastante caminho para percorrer”, ela explica.

Leia a matéria completa na edição do propmark de 18 de março de 2024