As expectativas dos brasileiros para a Black Friday
Pesquisa encomendada pelo Google ao Instituto Ipsos apontou que 71% das pessoas declararam que pretendem comprar na data
Uma pesquisa encomendada pelo Google ao Instituto Ipsos apontou que o brasileiro está otimista de que poderá gastar seu dinheiro na Black Friday deste ano, marcada para o dia 25 de novembro.
Entre os mil entrevistados para o levantamento, 71% declararam que pretendem comprar na data, um número que representa um crescimento de 29% em relação ao ano de 2021 e, uma das razões para este otimismo é o aumento da confiança da classe C, que tem uma intenção de compra que aumentou em 32% comparado com o último ano. Nas classes A e B, esse aumento foi de 23%.
A pesquisa foi apresentada durante o evento "Black Friday Connections Store", realizado nesta quinta-feira (29), em São Paulo. Entre os dados apresentados, o levantamento mostrou também que, em média, cada consumidor pretende adquirir produtos de 5 categorias neste ano. No ano passado, a média foi de 4,2 categorias por pessoa.
Segundo a análise, 47% dos entrevistados apontaram a vontade de comprar roupas e acessórios na data, seguido de livros e itens de papelaria (43%), calçados (38%), celulares (36%) e eletroportáteis (33%).
“A Black Friday deste ano recebe um consumidor que, apesar de estar em uma situação econômica desafiadora, não está esvaziado de desejos. O aumento da intenção de compra é reflexo do aumento da confiança do consumidor, que acredita que sua capacidade de compra vai melhorar até o final do ano”, afirmou Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o segmento de Varejo do Google Brasil.
A fala da diretora é sustentada pelo dado da pesquisa que apontou que 88% dos consumidores acreditam que a sua capacidade financeira de compras ficará igual ou deve melhorar até o final do ano, enquanto apenar 11% acredita que a situação deva piorar.
Um consumidor mais exigente
Além de preços, os brasileiros estão mais atentos à qualidade, como o Google já vem antecipando em outras pesquisas realizadas nos últimos meses.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Offerwise a pedido do Google em maio, 45% dos consumidores entendem que, passadas as restrições da pandemia da COVID-19, eles agora podem decidir de forma mais consciente quais produtos, marcas e serviços comprar. Além disso, a pesquisa mostrou que 8 em cada 10 pessoas estariam dispostas a trocar de marca caso entendam que ela não está conectada à sua identidade ou suas necessidades.
Na Busca do Google, o interesse por produtos das categorias de Varejo, associados às palavras “barato” ou “melhor”, se inverteu na comparação entre 2020 e 2022.
Entre abril e junho de 2020, as buscas associadas a “barato” eram 53% maiores que o volume de buscas associadas a “melhor”, mas em 2022, as buscas por “melhor” já superam as buscas por “barato” em 27%. Essa mudança mostra que o consumidor valorizou o preço baixo como pré-requisito para atender suas necessidades mais imediatas durante a pandemia, mas agora volta a dar mais peso ao quesito qualidade.
“Essa será a Black Friday das melhores escolhas para cada consumidor, de acordo com suas necessidades e contexto econômico. Itens com ticket médio mais alto, como TVs, celulares ou itens de informática, ou menos essenciais, como moda esportiva, devem estar na lista dos consumidores de classes A e B. Neste ano, a Black Friday para a classe C deve incluir mais produtos nas categorias de alimentos e eletroportáteis”, afirmou Fernanda Bromfman, líder de Commerce para médias empresas do Google Brasil.
A pesquisa realizada pelo Google e Ipsos também revelou que o brasileiro consolidou seus hábitos de compra adquiridos ao longo dos últimos anos e cada vez mais compra por meio de diferentes canais, sejam de e-commerce ou lojas físicas.
No total, 72% dos entrevistados na pesquisa afirmaram que compraram tanto em canais on-line quanto offline nos últimos seis meses, em um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao ano passado. Para a Black Friday de 2022, 57% dos entrevistados afirmaram que pretendem fazer suas compras por meio de sites, 51% por meio de aplicativos e 45% por meio de lojas físicas.