As percepções, motivações e desafios do ESG para os executivos
Pesquisa "Data-Leaders - Líderes de negócios e ESG", do Data-Makers e CDN, apontou que 42% dos líderes devem aumentar o investimento
O Data-Makers, em parceria com a CDN, apresentou a pesquisa "Data-Leaders - Líderes de negócios e ESG", que traz uma análise realizada com 100 líderes de negócios sobre o uso da sigla. De acordo com os dados, 42% deles têm a expectativa de aumentar o orçamento para as iniciativas da área, contra 30% que foi declarado em 2023.
Além disso, o estudo mostrou que 52% das empresas devem, no mínimo, manter os investimentos na área, enquanto 6% têm perspectiva de diminuir o recurso destinado.
“Se ano passado os resultados foram preocupantes, hoje vemos líderes com mais conhecimento, experiência no tema e disposição para investir em iniciativas ESG. Começamos um caminho sem volta para a maturidade do tema no Brasil”, afirmou Fabricio Fudissaku, CEO da Data-Makers.
Além da questão financeira, a edição atual do estudo mostrou uma evolução dos CEOs e C-Levels em temas como conhecimento sobre a área e a importância aferida a ela. Segundo o levantamento, o grupo de líderes que declaram terem conhecimento profundo sobre o assunto subiu de 16% para 20% e, entre o total de entrevistados, 90% deles reconhecem a importância do tema.
Já em relação à ação, 59% dos entrevistados classificam que suas empresas tem um desempenho positivo em práticas ESG nas empresas e, na comparação com o mercado, 52% deles acreditam que suas companhias são superiores e apenas 17% admitem que estão abaixo da média.
Entre as motivações para adorar as práticas de ESG, a reputação corporativa é a principal entre os líderes e, nesse caso, 71% acreditam que existe influência direta entre o investimento na área e a uma melhor percepção dos vários públicos sobre a empresa.
A segunda motivação apontada pela pesquisa é a imagem da marca e, nesse ponto, 63% dos executivos apostam no impacto da adoção de ESG nos valores e mensagens que a empresa quer refletir. Outros tópicos mencionados como importantes são a melhora na gestão da empresa (59%), a redução de riscos (50%).
“A reputação sempre foi um ativo fundamental para as empresas. No mundo contemporâneo, porém, esse valor subiu a um outro patamar. Ter boa reputação tornou-se mais do que uma licença para operar, é uma licença para existir. E a reputação está diretamente ligada ao impacto que a empresa causa na sociedade e na forma como se relaciona com ela por intermédio de seus diversos públicos. Os executivos entrevistados demonstram ter consciência dessa realidade”, explicou Fabio Santos, CEO da CDN.
Sobre os obstáculos que são enfrentados para a adoção da sigla nas organizações, os executivos afirmaram que a lista é composta pela pressão por resultados a curto prazo (43%), falta de profissionais preparados (43%), falta de prioridade ao tema (43%), falta de comprometimento da liderança (38%) e ausência de métricas e KPIs (38%).
Por fim, a pesquisa também apontou quais são as empresas que servem de inspiração para os executivos quando o assunto é o ESG. Novamente, a Natura foi a mais mencionada, com 41%, seguida pelo O Boticário (24%), Itaú e Ambev (11%). Já a executiva mais lembrada foi Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da Natura, com 4% das menções.