A Astellas, segunda maior farmacêutica do Japão e uma das 25 maiores corporações desse setor no mundo, iniciou no último mês suas atividades na América Latina por meio de uma subsidiária no Brasil. Baseada em Tóquio, no Japão, e com vendas anuais próximas aos US$ 10 bilhões, a Astellas é uma empresa global, com mais de 14 mil funcionários.
O foco da Astellas Farma Brasil (AFB) é importar e distribuir produtos farmacêuticos. Os primeiros medicamentos comercializados serão o Omnic, atualmente distribuído pela Eurofarma, e o Omnic OCAS, versão ainda não disponível no País. Ambos são indicados para tratamento de doenças urológicas, especificamente para hiperplasia benigna (aumento do volume) da próstata. Essas drogas têm como princípio ativo a tamsulosina e diferem na sua forma de liberação na corrente sanguínea. A AFB espera lançá-los até o final de 2009 e início de 2010, após obter aprovação regulamentar. Somente o Omnic gera vendas anuais superiores a R$ 17 milhões.
Devaney Baccarin é o presidente da unidade brasileira e vice-presidente do grupo, que deverá contratar uma equipe de 60 pessoas no Brasil. Com quase 32 anos de experiência no setor, recentemente o executivo ocupou a presidência da Genzyme do Brasil. Antes,trabalhou em várias empresas farmacêuticas internacionais, incluindo a Eli Lilly, Roche, Schering AG e Wyeth.
Já Alexandre Gibim assume como diretor de vendas e marketing. Aos 36 anos, Gibim acaba de retornar ao Brasil após quase dois anos trabalhando em Indianápolis, nos Estados Unidos, onde ocupava o cargo de diretor de vendas da região intercontinental da Eli Lilly, empresa em que trabalhou por 15 anos.
A empresa japonesa farmacêutica, consolidada em 2005, é fruto da fusão de Yamanouchi Pharmaceutical Co. Ltd. e Fujisawa Pharmaceutical Co. Ltd. A Astellas Pharma opera em 52 países e possui instalações industriais em mais de 30, incluindo os Estados Unidos e a Europa.
A empresa tem voltado a atenção para os mercados emergentes, incluindo os países do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). A criação da afiliada brasileira encerra seu processo de expansão nesses países e segue modelo usado para expandir as operações na Rússia, iniciadas em 1992, na China, a partir de 1994, e, há um ano, na Índia.