Durante a reunião nacional que é realizada hoje (21), na sede do Automovel Club de Belo Horizonte, a Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) começa a analisar as sugestões que vai encaminhar ao comitê formado pelo Cenp (Conselho Nacional das Normas-Padrão). A principal delas envolve questões relacionadas à rentabilidade das agências de publicidade, em baixa há pelo menos uma década, como revelou Dalton Pastore, presidente da entidade. Esse item é um dos pontos de discórdia entre agências e anunciantes.

Pastore avalia que os anunciantes têm o direito de querer pagar menos pelos serviços prestados pelas agências, mas serão penalizados com uma entrega de menor qualidade. “Essa é uma questão fundamental e muito mal resolvida. Precisamos esclarecer de uma vez por todas para que o mercado não sofra mais. As agências estão perdendo rentabilidade, mas não podem abrir mão de algumas ferramentas essenciais à entrega do nosso produto, como compra de pesquisas para executar um serviço de qualidade. Vamos sugerir uma série de coisas ao comitê do Cenp, entre as quais remuneração, assunto que não sai da pauta desde 1985. Nesse encontro de BH, estamos pedindo aos presidentes de capítulo da Abap que encaminhem sugestões. Vamos selecionar as melhores e formalizá-las em um documento”, afirmou Pastore.

Na reunião da Abap, também ficou decidido que o 7º Ebap (Encontro Brasileiro das Agências de Publicidade), será realizado em março de 2008, em São Paulo. Durante o evento, o publicitário Luiz Lara, presidente da Lew’Lara, deverá ser anunciado como novo presidente da Abap. Ele é vice-presidente nacional e vai assumir o lugar de Pastore que fica sem condições legais para permanecer no cargo pois em março de 2008 termina o prazo acordado como o grupo francês Havas para integrar o conselho da Euro RSCG Brasil. O Havas adquiriu as ações de Dalton Pastore e Claudio Carillo, na Carillo Pastore Euro RSCG, em março deste ano. O presidente da Abap tem que estar vinculado a uma agência. “Vou estar ligado à publicidade, mas não necessariamente a uma agência”, afirmou.

Paulo Macedo, enviado especial a Belo Horizonte (MG)