Big Data sozinho não ajuda, diz especialista
Não é à toa que Jer Thorp é considerado um “data artist”. Na manhã desta terça-feira (16), ele foi o protagonista do KES (Knowledge Exchange Sessions), nova plataforma de encontros que reúne altos executivos de diversos setores da economia para aproximá-los de conteúdos sobre inovação e que aconteceu em São Paulo. Pela primeira vez no Brasil, Thor defendeu, em pouco mais de uma hora de apresentação, que os dados são recursos valiosos que precisam ser vistos sob uma perspectiva mais humana. E tudo isso de uma forma um tanto quanto diferente.
Com slides em 3D, ele passou a mensagem de que é preciso, mais do que nunca, entender o comportamento das pessoas. “Dados são uma visão sobre determinada situação apenas, o Big Data sozinho não ajuda”, afirmou. “Eles criam hipóteses que nem sempre são as corretas”, completou.
Ainda de acordo com Thorp, que também é designer, co-fundador do Office Creative Research e professor adjunto da New York University, os dados também são vidas.“Por de trás dos números, existem pessoas e pessoas têm caráter e personalidade, por isso que defendo a ideia de que dados nem sempre são precisos”, enfatizou.
Thorp citou as redes sociais como um exemplo fácil de mapear o comportamento das pessoas. “Pelo Twitter, eu consegui mapear o que as pessoas fazem nos finais de semana ou por onde elas viajaram nos últimos meses”, afirmou. Para ele, as redes sociais desempenham um papel fundamental para o Big Data.
Outro exemplo citado pelo especialista foi o Floodwatch, uma ferramenta que possibilita ao usuário rastrear os anúncios que foram oferecidos durante a navegação. Segundo Thorp, a plataforma oferece ferramentas para ajudar a compreender tanto o volume e os tipos de anúncios que é oferecido ao usuário com o objetivo de aumentar a conscientização sobre como os anunciantes acompanham o comportamento.
Knowledge Exchange Sessions
O KES tem como principal objetivo abordar os temas mais atuais da nova economia, como big data, movimento maker, novas mídias, Internet das Coisas, futuro da colaboração na web, novos modelos de negócios, entre outros.
A curadoria do KES conta com especialistas, como Carla Mayumi, sócia-fundadora da BOX1824, Talk.INC e The Mob; Maria Juliana, sócia-fundadora e CEO da The Mob, e Paulo Al Assal, fundador e CEO da BRCulture. O empresário Ricardo Makul, fundador e CEO da Catch, é o idealizador do projeto.
A temporada 2015 é composta por uma série de seis encontros com Keynotes internacionais e duas Sessions com especialistas brasileiros.