Bloco de agências divulga posição sobre exigências do TCU

As agências que atendem contas governamentais, que vêm sendo constantemente questionadas pelo Tribunal de Contas da União sobre formatos de remurenação após a crise do ‘valerioduto’, enviam documento para esclarecer notícias sobre sua real intenção. Luiz Grottera, da TBWA/BR, que coordena o grupo ao lado de Bob Vieira da Costa, da SNBBnovagência, e Paulo de Tarso, da Matisse, explica que a preopcupação não envolve Bonificações de Volume sobre produção, mas um amplo trabalho de esclarecimento sobre o negócio da publicidade. Vejam a íntegra do documento:
“Em defesa legítima.

O ano de 2005 marcou fortemente a publicidade brasileira, principalmente as agências de publicidade. O nosso negócio foi exposto à exaustão, e infelizmente, com muito desconhecimento e com generalizações negativas sobre este mercado e suas especificidades.

Com o assunto “Publicidade” na ordem do dia – e da mídia, a Corregedoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União, dentro dos seus respectivos papéis e responsabilidades, deram início a uma série de procedimentos investigatórios sobre as relações das agências de propaganda com os órgãos governamentais.

Tanto no âmbito da CPMI dos Correios – em sua primeira fase de trabalhos – como no âmbito do Tribunal de Contas, verificamos um grande desconhecimento sobre como funciona o nosso negócio, a dinâmica de trabalho e até a forma pela qual as agências de publicidade são remuneradas. Por mais que isto esteja regulamentado por Leis , Decretos e Normas de Mercado.

Foi por este motivo, que este grupo de agências que subscreve esta nota, se propôs a iniciar um trabalho mais amplo de esclarecimento à sociedade em geral e ao TCU em particular sobre o negócio “agências de publicidade”. De forma transparente, clara e objetiva, este grupo decidiu pela contratação de um assessor jurídico, capaz de exercer as funções de “porta voz/procurador” devidamente investido das prerrogativas legais e ética, na interlocução com instâncias como o TCU, o Ministério Público, o Congresso Nacional, o governo etc. Esse grupo decidiu de forma consensual pela contratação do advogado Dr. Ayrton Soares como seu legítimo procurador.

Acreditamos que estes esclarecimentos não são pertinentes apenas às agências de publicidade que atendem contas do poder público. É nossa convicção que os resultados de uma discussão desta magnitude e importância diz respeito a todo o mercado publicitário, seja ele público ou privado.

Estamos abertos a novas adesões de agências interessadas em participar do movimento, assim como a todo tipo de colaboração vindas das associações de classes, veículos, fornecedores e demais participantes da indústria da comunicação publicitária do Brasil.

Por fim, gostaríamos de registrar com toda clareza, diante das notícias recentemente publicadas pela imprensa, que o objetivo desse trabalho não está ligado ao questionamento dos BVs de Produção. É um grande equívoco reduzir a magnitude desse negócio ao tamanho e significado do BV de Produção”.

Comissão de agências que estão dando início ao processo:
Agnelo, Arcos, D+, Duda, F/Nazca, Fischer, Giacometti, Giovanni,FCB, Lowe, Master, Matisse, Ogilvy, PPR, SNBBnovagência e TBWABR