Com 127 trabalhos premiados entre os 350 inscritos, chegou ao fim a segunda edição do Cíclope Advertising Festival Craft, evento realizado entre segunda (14) e quarta-feira (16), em Buenos Aires, para destacar trabalhos publicitários pela excelência em produção. O festival foi dividido em cinco categorias: Live Action, Animação, Som, Especiais e Menção Especial.
Os Estados Unidos foram os grandes vencedores, acumulando 66 prêmios: dois Grand Prix, 14 ouros, 26 pratas e 24 bronzes. Os GPs foram para as produtoras Machina, com o clipe “Simple math”, para a banda Manchester Orchestra; e Smuggler, pela produção do filme “After hours”, criado pela Droga5 para a Puma – e que também recebeu o prêmio máximo de Film Craft no Cannes Lions 2011. A MJZ, também dos EUA, foi eleita a “Produtora do Ano” pelo júri.
O Reino Unido foi o segundo mais premiado, com sete ouros, sete pratas e cinco bronzes; seguido pela Argentina, com nove pratas e nove bronzes. Também ganharam troféus, entre os 10 países premiados no total, o Brasil (1 ouro, 2 pratas e 5 bronzes), Espanha (3 pratas e 4 bronzes), Nova Zelândia (2 ouros e 3 pratas), Uruguai (2 pratas), Suíça (2 bronzes), Peru (1 prata) e Holanda (1 bronze).
O ouro do Brasil foi para a Delibistrot com “Vício”, criado pela F/Nazca S&S para a Nike. As duas pratas foram para o mesmo trabalho: “Gols”, produção da Vetor/Animatorio para filme da Coca-Cola elaborado pela JWT. Os cinco bronzes foram para “Elvis Presley”, da C&A, produzido pela Vetor Zero/Lobo e criado pela DM9DDB; “Salvando brinquedos”, do Cartoon Network, criado e produzido pela Vetor Zero/Animatorio; “Homem-traço”, da Bic, produção da Dínamo Filmes e criação da BorghiErh/Lowe; “Nerd”, filme da Tigre produzido pela Piloto, com criação da Talent; e “Moto”, pelo trabalho da produtora de som A Voz do Brasil no comercial da Embratel desenvolvido pela AlmapBBDO.
Para Francisco Condorelli, diretor do Cíclope, a presença maciça de obras europeias e, principalmente, norte-americanas entre os vencedores reflete a realidade do mercado publicitário atual. “Essa é uma competição internacional e o resultado mostra o que é essa indústria como um todo. É uma questão de tamanho dos mercados. Europa e EUA são maiores em matéria de produção”, afirmou.
O júri deste ano contou com 19 profissionais de diversas partes do mundo. Representaram o Brasil Lô Politi, da Dramática Films; Ricardo Carelli, fundador da Dínamo; e Alan Terpins, da produtora A Voz do Brasil.
por Keila Guimarães, de Buenos Aires