Pelo quarto ano consecutivo, o projeto “Brasil Design” irá promover o país no Cannes Lions. Em 2012, A ação terá investimento de R$ 3,7 milhões para apoiar profissionais e trabalhos do país. O objetivo é dar visibilidade, reconhecimento e permitir o networking de visitantes brasileiros no festival.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Abedesign (Associação Brasileira de Empresas de Design), que atuam para divulgar o design nacional no exterior. A Apex fará aporte de R$ 2,3 milhões e a Abedesign investirá R$ 1,4 milhões.
Desde que teve início, o convênio já subsidiou a inscrição de 300 peças da área no festival e 50 delegados. Neste ano, serão subsidiados 26 peças e 14 delegados, além de duas jovens profissionais no Young Lions Brazil Competitive Team. Lorena Marinho Duarte, da Greco Design, de Belo Horizonte; e Tathiana Machado, da Staff, do Rio de Janeiro, participarão da programação do Cannes Lions e concorrerão na competição para jovens talentos.
Dando continuidade à estratégia adotada nos três últimos anos de internacionalizar o design brasileiro, o tema de 2012 é “Brazil. Unique blend. Unique Design” e exalta o mix de linguagens do país. “O nosso diferencial é o miscigenado, assim como a cultura nacional. É isso que torna a nossa indústria tão criativa”, afirmou Ellen Kiss, coordenadora do projeto.
Jurados
Pela primeira vez o Brasil terá dois jurados desde que a área de Design foi lançada no festival, em 2007. Renata Melman, da 100% Design, e Ricardo Saint-Clair, da Dialogo Design, serão os representantes do país no júri.
Saint-Clair foi anunciado em meados de maio devido ao alto número de inscrições. “Até então, cada jurado analisava um quarto dos trabalhos, mas fomos informados que avaliaremos um terço neste ano porque a quantidade de inscritos está muito alta”, disse.
De acordo com Luciano Deos, presidente da Abedesign, é natural que o país tenha dois representantes e que essa era uma demanda da entidade. “Nós pedimos dois jurados. Se a Inglaterra tem, se os Estados Unidos têm, é natural que tenhamos também pelo número de inscrições do país e pela nossa participação institucional”, afirmou.
Para Renata, a sua indicação é uma oportunidade para promover o Brasil no festival. “Vamos levar esse blend para o júri, a mistura de linguagens, a ginga do trabalho brasileiro”, disse.