Brasil é o 4º país mais engajado em mobile
Apesar da relativamente pequena penetração de smartphones no Brasil, em torno de 14%, o país é o quarto maior mercado mais engajado em mobile. Números da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) mostram que o país atingiu 268,4 milhões de linhas ativas em agosto, mas 79% desse volume são feature phones. Países como Reino Unido (51% de penetração), Estados Unidos (47%) e mesmo a China (33%) têm números bem maiores sobre a presença de celulares inteligentes, mas o Brasil é o país que mais vê o celular como uma ferramenta indispensável, usada, no caso do mobile shopping, para buscar informações sobre lojas e realizar compras, entre outros.
O índice de engajamento foi calculado com base na análise de 10 comportamentos analisados no estudo “Global Mobile Shopper 2013 – O impacto dos dispositivos móveis em nossos hábitos de consumo”, conduzido pela Draftfcb, rede pertencente ao Interpublic, em oito países e 7,5 mil pessoas. A agência brasileira da rede, a Giovanni+Draftcb, aprofundou os estudos no país, com uma amostra de 947 entrevistados em oito capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife. A maioria da amostra foi composta por pessoas das classes A e B com faixa etária média de 33 anos.
A pesquisa mediu os hábitos mais frequentes dos usuários de mobile em cinco categorias: supermercados, saúde e beleza, fast food, eletroeletrônicos, serviços de viagem, serviços financeiros e vestuário. Os principais usos que o brasileiro faz com o celular na área de mobile shopping são comparar preços, informações e fazer uso de ofertas, descontos e cupons. “Essa pesquisa vem nos trazer o senso de urgência sobre mobile”, disse Patrícia Marinho, vice-presidente de consumer engagement da Giovanni+Draftcb, responsável pelo estudo no país.
A categoria de eletroeletrônicos, por exemplo, é que mais tem engajamento: 75% dos entrevistados disseram usar o celular para comparar preços na categoria e 63% declararam usar dispositivos móveis para efetuar compras. Na outra ponta, supermercados é a categoria com o menor nível de engajamento. Apenas 42% dos usuários ouvidos disseram usar o celular para comparar preços e somente 31% afirmaram comparar produtos e ofertas por meio de dispositivo móvel.
Para Patrícia, enquanto os consumidores pressionam por mudanças por meio do uso, o mercado brasileiro ainda está longe da maturidade na oferta de serviços mobile. “Eu mesma me frustrei recentemente ao não conseguir efetuar compras pelo site de três grandes varejistas brasileiros com meu tablet. Os usuários estão puxando a mudança pela necessidade e a indústria recebe isso como um estímulo externo, quando deveria ser algo de dentro para fora, na forma de prestação de serviço ao consumidor”, afirmou.
Esta é a primeira edição do levantamento, divulgado pela companhia nesta quarta-feira (2). A previsão é que haja novas edições da pesquisa.