Brasil é o mais avançado da América Latina em mídia programática
Dentro deste segmento de mídia programática que os executivos frequentemente denominam como “ecossistema”, a Rubicon Project tem se destacado como uma das principais representantes e incentivadoras da tecnologia em âmbito mundial. Fundada em 2007, a companhia sediada em Los Angeles, nos Estados Unidos, tem obtido êxito em convencer grandes publishers e anunciantes a entenderem as vantagens de utilizar a ferramenta.
Recentemente a Rubicon apareceu com destaque em todo o mundo por garantir a plataforma que será usada por quatro gigantes globais de mídia na automatização das vendas de espaços publicitários. Formada por Financial Times, CNN International, The Guardian e pela agência de notícias ThomsonReuters, de acordo com Stevens, a Pangea Alliance é apenas o grande exemplo de que a mídia programática já é uma realidade e não há como fugir disto durante muito tempo. “Temos casos parecidos de importantes grupos de mídia formando cooperativas em pelo menos mais seis países, entre eles França, Alemanha e Grécia”, diz. “Alguns mercados estão evoluindo mais rápido que outros e a Europa está inclusive mais avançada que os Estados Unidos”, acrescenta.
Para Stevens, que é responsável pela expansão internacional da empresa para mais de 12 países, entre eles o Brasil, onde a Rubicon já tem escritório instalado há ano, a mídia programática representa uma solução para que grupos tradicionais de mídia possam competir de maneira mais equitativa, no ambiente digital, contra gigantes da era da internet. “O Google é o nosso maior concorrente”, afirma.
Questionado sobre a possibilidade de surgir no país uma aliança aos moldes da Pangea, que juntou os quatro grandes concorrentes no Reino Unido para vender espaço publicitário como uma cooperativa, Stevens acredita que o Brasil é o mercado mais propício na América Latina para que isso aconteça em um futuro não tão distante. A opinião é endossada por Patrizio Zanatta, diretor da Rubicon para a região. “Estamos aqui ajudando o mercado a entender as vantagens, tentando educar os empresários do setor a entender o ecossistema”, revela Zanatta.
Agências
“Há muitos desafios que envolvem o relacionamento entre os players do mercado no Brasil, mas isso existe em outros países também. O sentimento vai mudando a medida que educamos as pessoas sobre as vantagens dessa tecnologia. A partir do momento que se compra, a aceitação é muito grande e os anunciantes vão querer continuar usando. É uma questão de tempo, assim como foi anos atrás com outras inovações. Lembra quando vivíamos sem computadores pessoais?”, exemplifica Stevens mostrando o laptop sobre as pernas com o qual agendava a próxima reunião em sua passagem pelo Brasil.
Leia mais sobre mídia programática aqui.