Brasil é o país com consumidores mais influenciados na hora das compras
Estudo da Cadastra revela tendências do marketing de influência e conexão com performance digital
A Cadastra lançou um estudo sobre o marketing de influência e sua conexão com estratégias de performance que apontou que no Brasil, até julho de 2022, existiam mais de 500 mil influenciadores com mais de 10 mil seguidores (Nielsen) e, só em 2022, mais de 40% dos brasileiros já compraram ou consumiram algo por influência de anúncios de celebridades ou influencers nas redes sociais.
“O universo dos influenciadores e creators, ainda que tenha muito a ser explorado e pareça ter novidades incessantes, já tem características bem estabelecidas. Um dos fatores que despontam como mais relevante na hora de influenciar é ter uma personalidade que as pessoas reconheçam e se identifiquem. Quanto mais argumentos, informações e credibilidade, maior é o nível de convencimento e influência”, afirmou Hugo Novaes, sócio e VP do creative hub da Cadastra, líder da equipe responsável pelo estudo.
Sendo assim, o Brasil é o país com consumidores mais influenciados na hora de tomar sua decisão de compra (Statista Global Consumer Survey) e segundo país que mais segue influenciadores, atrás apenas das Filipinas. Além disso, 60% das pessoas preferem creators que falem com elas e com quem se identifiquem; 50% realmente ouvem as opiniões de especialistas sobre o assunto tratado; e somente 20% dos entrevistados dão preferência e importância para quem tem mais seguidores e status nas redes (Studio ID).
Perfil dos influenciadores
O estudo aponta que uma iniciativa de influência bem-sucedida começa pela definição de um objetivo claro, que pode ser: gerar awareness para a marca; gerar leads a serem trabalhados pelo marketing e vendas; aumentar a presença digital da empresa; ou impulsionar vendas diretas no e-commerce. Tendo isso em vista, há três estratégias mais usuais: ativação, campanha e embaixadores.
“É importante ressaltar também que o processo de compra não é linear, logo, é fundamental impactar os consumidores em vários momentos de sua jornada com influenciadores de diferentes perfis/momentos do funil de vendas. Desta forma, podemos, sim, falar de performance e influência gerando grandes resultados para as marcas”, ressaltou o VP do creative hub da Cadastra.
Tendências
Foram identificadas cinco tendências principais nesta área:
- Inclusão e diversidade de influenciadores: criatividade e apoio a causas sociais são pontos valorizados e exigidos pela audiência no marketing de influência, independentemente do objetivo das campanhas, os consumidores estão com os olhos cada vez mais atentos para a representatividade;
- Aumento de parcerias com nano e microinfluenciadores, tanto pela questão dos custos mais baixos, quanto pelo maior engajamento e proximidade que costumam ter;
- Vídeos curtos, principalmente no TikTok e Reels do Instagram. Eles são fáceis de serem consumidos e, além de prender a atenção do usuário, conseguem entreter e, ao mesmo tempo, passar a mensagem definida na estratégia de forma leve e clara;
- Conteúdos mais autênticos, que transparecem verdade e fazem com que a audiência se identifique com o que está consumido;
- Propósito claro e definido: é esperado que as marcas se posicionem, tenham claro seus valores e demonstrem isso, na prática, abrindo espaço para conversas com o seu público.
Creators x influencers
O estudo também apontou a importância e quais são as diferenças entre um creator e um influencer.
Os creators são pessoas que, através da criatividade, criam conteúdos originais de forma mais ampla, seja para marcas, empresas ou clientes, podendo criar seus conteúdos por puro lazer ou de forma profissional, a depender do seu público e objetivos.
Já os influencers são pessoas que usam as plataformas digitais e seu poder de engajamento para influenciar pessoas. Nem sempre eles são criadores de conteúdo, mas, através da sua relevância, promovem produtos, serviços ou marcas a fim de fazer com que seus seguidores consumam aquilo que estão, de alguma forma, divulgando.
“Em ambos os casos, trata-se de uma nova fase da economia, a creators economy, em que, por meio das ferramentas digitais, os criadores de conteúdo são capazes de monetizar e acessar a receita de suas criações. Esse movimento passa pelas empresas desenvolverem serviços e ferramentas que auxiliem os influenciadores nessa jornada. Exemplo disso são plataformas como Twitch, Instagram, TikTok e OnlyFans”, explica Bárbara Bronzatti, gerente de social media & content da Cadastra.
(Créditos: CardMapr.nl/Unsplash)