Brasil fica sem Lápis Preto e Amarelo no D&AD, mas lidera ranking Latam
“Mães Seguranças” ganhou um Lápis Branco
Nesta quinta-feira (19), foram reveladas as distinções dos prêmios da 54ª edição do D&AD Awards, que teve sua primeira etapa, a judging week, realizada em abril, em Londres. Antes, já haviam sido revelados 30 Lápis para o Brasil, agora na seguinte divisão: um Lápis Branco, para trabalhos de relevância social, sete de Grafite, correspondente a prata, e 22 de Madeira, considerado o bronze. O país não conquistou nenhum Lápis Amarelo, equivalente a ouro, e nenhum Preto, equivalente ao Grand Prix. Este ano, aliás, apenas dois Lápis Pretos foram concedidos entre os 749 anunciados pelo júri.
Os Lápis Pretos, que representam trabalhos de relevância indiscutível e avaliados apenas pelos presidentes de júri do festival, foram para a startup inglesa what3words, pela criação de um método preciso de comunicação de localização em todo o mundo, e para a japonesa iyamadesign, pelo trabalho de design desenvolvido para a marca de fita adesiva Kamoi Kakoshi, durante o mt expo 2015, no Japão.
Considerado o segundo troféu mais importante do D&AD, o Lápis Branco foi concedido para apenas três trabalhos, entre eles a campanha “Mães Seguranças”, da Ogilvy Brasil para o Sport Club do Recife. O Lápis Branco, especificamente, é concedido para campanhas comprovadamente de impacto e relevância social.
Com os 30 Lápis, o Brasil foi o país da América Latina melhor colocado na competição. A agência de melhor desempenho da região foi a Ogilvy Brasil, impulsionada pela relevância do Lápis Branco por “Mães Seguranças”, que recebeu ainda dois Lápis de Grafite e dois de Madeira. Ainda da Ogilvy, a campanha Parada Gay na Rádio, para a Billboard Brasil, recebeu um Lápis de Madeira.
Outra agência brasileira bem colocada na competição foi a Leo Burnett Tailor Made, com seis Lápis: dois de Grafite – por Fila Solidária, para o Clube Sangue Bom, e Donation Badges, para a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) -, e quatro de Madeira – por Wi-Fi Seguro, para a Fiat, Donation Badges, Compartilhe, para o CVV (Centro de Valorização à Vida), e Dont’s, para a Jeep.
Com a Nivea Doll, a FCB Brasil conquistou cinco Lápis, sendo dois de Grafite e três de Madeira. A AlmapBBDO, por sua vez, levou três Lápis de Madeira, por Fato Distorcido, Tailor Made e Cornering Lights, além de um de Grafite por Problems. Já Africa, F/Nazca Saatchi & Saatchi e LDC levaram dois Lápis de Madeira cada, respectivamente por: Mutant Font e Ticket Books; Celebrating 50 years in Brazil e Double Taps Ads e NFSCan, duas vezes premiada.
Completam a lista de agências brasileiras premiadas NBS, por Animais Valiosos, para a Ong Quatro Patinhas, a w3haus, por Espelhos do Racismo para a Ong Crioula, e a Grey, por Aruba Image Bank, para o Ministério do Turismo de Aruba, com um Lápis de Madeira cada.
Avaliação
A seleção dos trabalhos vencedores foi feita por um júri com mais de 200 profissionais, entre os criativos respeitados do mundo, durante a chamada Judging Week, que tem início dias antes da programação do festival. Este ano, o Brasil foi representado por dez jurados. Joanna Monteiro, CCO da FCB, foi presidente do júri na categoria Integrated & Innovative, e Luiz Sanches, sócio e diretor-geral de criação da AlmapBBDO, presidiu os trabalhos na categoria Crafts for Advertising.
Completaram a lista de brasileiros no júri Airton Carmignani, diretor da Stink, em Film Advertising Crafts; Aricio Fortes, VP de criação da DM9DDB, em Film Advertising; Fernanda Saboia, diretora de criação da Tatil Design, em Grafic Design; Gustavo Gaion, VP de mídia da Y&R, em Media;Rafael Pitanguy, diretor-executivo de criação da Africa, em Digital Marketing; Roberto Vilhena, CCO da Artplan, em Direct; Claudio Lima, VP de criação da Ogilvy Brasil, em Radio Advertising; e Bruno Oppido, da DDB Worldwide, em Crafts for Advertising.