Brasil puxa a fila das campanhas com diversidade no cenário global
Seja por meio de imagens que apresentam modelos racialmente diversos, casais do mesmo sexo ou pessoas com deficiências, do ponto de vista estético a propaganda brasileira é a que mais tem procurado representar a diversidade em campanhas de marketing. É o que aponta o mais recente estudo encomendado pela Shutterstock e realizado pela Censuswide.
Dentro do cenário de 502 profissionais brasileiros de marketing pesquisados, 44% deles tem como uma das principais preocupações a conexão entre as imagens e a mensagem das marcas. Os resultados também mostram uma mudança recente na mentalidade do mercado nacional: 32% dos criativos ouvidos disseram que começaram a usar mais imagens de pessoas com deficiências nos últimos 12 meses. O número é alto quando comparado a outros mercados pesquisados, como o Reino Unido (25%), os EUA (20%), a Austrália (18%) e a Alemanha (13%).
Os profissionais de marketing brasileiros também são mais propensos a concordar que é importante apoiar a fluidez de gênero na estética das peças, com 82% declarando concordância. Entre os americanos o percentual cai para 66%, no Reino Unido 65%, entre os australianos 58% e os alemães 54%.
As expectativas dos criativos do Brasil quanto ao aumento da diversidade nas campanhas de marketing também são positivas: 95% dos profissionais acreditam que ainda há um potencial de crescimento para o uso de diversas imagens em campanhas de marketing e 92% acham que isso pode ajudar a aumentar a reputação da marca.
No apontamento global, enquanto as gerações mais jovens (GenZ e Millennials) usaram mais imagens com diversos modelos no último ano, os profissionais de marketing da Geração X e da Baby Boomer fizeram um movimento mais tímido nesta direção:
Modelos raciais diversos – 35% Geração Z e 37% Geração Y versus 27% Geração X e 16% Baby Boomers.
Casais do mesmo sexo – 26% Geração Z e 27% Geração Y versus Geração X 18% e Baby Boomers 12%.
Modelos transgêneros – 19% Geração Z e 21% Geração Y versus Geração X 11% e Baby Boomers 6%.
Pessoas com deficiência – 27% Geração Z e 25% Geração Y versus 17% Geração X e 12% Baby Boomers.
Modelos de fluido de gênero, não binários ou andróginos – 16% Geração Z e 19% Geração Y versus Geração X 11% e Baby Boomers 5%.