Brasil tem forte potencial em digital
O Brasil tem forte potencial para desenvolver sua economia digital, embora ainda tenha um crescimento baixo. A afirmação faz parte de um mapeamento da economia digital, divulgada pela Adobe na sessão LATAM durante o Adobe Summit 2015 desta quarta-feira (10), que aponta ainda que o país pode vir a destacar-se no futuro. Essa seria a contra mão de países como França, Alemanha, Austrália e Japão, que ativaram um alto nível de evolução no passado e agora estão perdendo força, correndo risco de queda.
Comandada por Federico Grosso, vice-presidente da Adobe para a América Latina, a conferência reuniu clientes da Adobe na América Latina, com a presença de diversos brasileiros, e potencializou a região com dados sobre o consumo da ‘classe digital’. Estima-se que cerca de 660 milhões de telefones móveis estão conectados e que até 2017, US$ 3.4 bilhões serão gastos com anúncios mobile. Além disso, foram 109 milhões de unidades vendidas na América Latina em 2014, versus 177 milhões na América do Norte, representando um aumento de 59% contra 28%, respectivamente.
Para ocorrer uma transformação digital, é preciso unir dois fatores: inovação e liderança. Ainda segundo Grosso, existem empresas que precisam se renovar para atingir essas características, sendo esse um dos objetivos do Marketing Cloud. Para falar sobre desafios e conquistas, três clientes da Adobe participaram da sessão. Jorge Tung, CIO da Wine, Tomas Gazmuri, VP de Marketing da Falabella e José Luis Carrete, CTO da Televisa opinaram sobre a utilização das tecnologias de marketing digital, com destaque para a experiência do consumidor.
Representando o Brasil, Tung trouxe a experiência da Wine, loja online de vinhos com mais de 200 mil clientes ativos e 80 mil pedidos por mês. De acordo com a empresa, são entregues mensalmente 300 mil garrafas de vinho, apontado por Tung como um ‘problema’. “Nós estamos vendendo muito, mas nossos consumidores estão bebendo pouco, apenas fazendo estoques. Nós queremos quebrar essa mentalidade de que para provar um vinho, o consumidor precisa ser um expert”.
A empresa nasceu digital e agora está fazendo a transição do online para o offline. O investimento, de acordo com Tung, é na experiência do consumidor, para saber sua opinião depois da compra e como manter esse contato. “Temos uma conversão de 35%, mas queremos que essa taxa cresça ainda mais. Precisamos ter uma conexão com nossos canais e campanhas, e, com essa integração, poderemos ter uma experiência mais consistente com nossos consumidores”, destaca.