Brasileiros acreditam que 2017 será melhor do que 2016

Para 55% dos brasileiros, o país está entre o meio e o fim da crise, aponta uma nova pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência. Apesar da percepção positiva da maioria da população, ainda há 41% que acreditam que esse é só o começo da crise.

O estudo mostra também que o brasileiro está otimista com 2017: quase metade da população (45%) considera que este ano será melhor do que 2016. Já 31% dos brasileiros consideram que 2017 será igual ao ano passado, enquanto 21% acham que será pior.

Apesar do otimismo, a população está insatisfeita com a economia do país. Em janeiro, 60% dos brasileiros estavam insatisfeitos com o funcionamento da economia no país, percentual levemente acima dos 56% verificados em julho de 2015. 32% estão pouco satisfeitos, enquanto apenas 16% estão satisfeitos.

“A pesquisa mostra que em um ano no qual as pessoas estão muito indignadas e desconfortáveis com tantas notícias sobre corrupção, parece haver uma necessidade de resgatar valores primários como honestidade e sinceridade. Em ano de falência das instituições, a solidariedade também se tornou necessária e valorizada”, diz Marcia Akinaga, diretora de quali+inovação do Ibope Inteligência.

Natal das lembrancinhas

O Ibope também quis saber como foram as compras do Natal dos brasileiros em 2016: apenas 33% da população comprou presentes nesta data, a mais importante para o varejo brasileiro. Entre os consumidores das classes A e B, só metade comprou algum presente. 

“Para aqueles que presentearam alguém, foi um momento de mudanças. Novamente, foi o Natal da lembrancinha”, destacaMárcia Sola, diretora da unidade de shopping, varejo e imobiliário do Ibope Inteligência. “Os presentes foram mais funcionais e utilitários, como toalhas de mesa e banho, sapatos, sandálias, e houve bastante pesquisa de preço”, conclui.

A pesquisa também indica que as marcas não se diferenciaram no Natal, perdendo oportunidades. “As marcas perderam a chance de se associarem aos shoppings para fazerem ações promocionais. Era uma boa oportunidade de parceria em um local onde ainda é possível resgatar o clima natalino, tão ausente nos espaços públicos, ou então de oferecerem experiências natalinas em um momento no qual o consumidor estava com dificuldade de se conectar ao Natal”, ressalta Márcia Sola.