Colabore alerta sobre os desafios dos pretos e pardos no acesso à saúde
Colabore com o Futuro lança "Saúde não tem Cor" para conscientizar a população brasileira
O Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme (DF), comemorado na segunda-feira (19) é parte importante neste mês de junho para lançar luz aos problemas enfrentados pela população preta e parda no País.
Pesquisa inédita realizada com os portadores da doença numa ação da APROFe - que representa os portadores de doença falciforme e a saúde da pessoa negra - em parceria com a Colabore com o Futuro - empresa que promove o impacto social, facilitando a participação popular nas decisões envolvendo a saúde - avaliou o contexto atual da doença falciforme no Brasil e os entendimentos dos pacientes sobre a doença para obter mais informações que possam contribuir para a atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença falciforme, pauta da Audiência Pública amanhã, 22 de Junho, às 9 horas, no Senado Federal, resultado dos esforços conjuntos e mobilização social que vem sido realizado em torno da doença no último ano, a exemplo da campanha #eusinto.
A campanha “Saúde não tem Cor”, lançada pela Colabore com o Futuro é resultado da experiência e os desafios vivenciados pela Colabore nesses 06 anos de atividade e mobilização social. A Campanha alerta para os desafios enfrentados pela população preta e parda no País quando o assunto é acesso à saúde.
Um exemplo, com base nos dados do próprio Ministério da Saúde: uma mulher negra recebe menos tempo de atendimento médico do que uma mulher branca. 60% das mortes no parto ocorreram entre mulheres negras e 47% dos casos de mortalidade infantil na primeira semana de vida acontecem em crianças negras.
Promovida nas redes sociais da Colabore, que reúnem cerca de 70 mil pessoas, e de empresas e entidades parceiras, a campanha conta com 10 posts, a maioria em formato carrossel, trazendo dados e relatos de pacientes vítimas de racismo estrutural na saúde, tais como “Perdemos a guarda do nosso filho no hospital porque acharam que usamos droga. Acho que foi por conta da minha aparência”, relata uma das vítimas.
A cofundadora da Colabore com o Futuro, Carolina Cohen, especialista em campanhas para comunicação e abrangência social ressalta a chamada para a causa e que as pessoas interessadas se inscrevam na comunidade para receber por e-mail ou via grupo de WhatsApp informações importantes sobre participação social e como contribuir para dar mais força à causa e contra o racism estrutural na saúde.
(Créditos da imagem: Tai's Captures/Unsplash)