Campanha transforma comprimidos em linha telefônica

Ação americana, '855-How-to-Quit' tem produção sonora a cargo da brasileira DaHouse

Dados mostram que, a cada seis minutos, uma pessoa morre nos Estados Unidos em decorrência do uso descontrolado de opioides. Atualmente, estima-se que 2,1 milhões de pessoas no país sofram de transtornos por seu uso indevido e pelo vício desenvolvido.

Na ausência de apoio gratuito e efetivo pela rede de saúde para esse público, uma coalizão de entidades, especialistas e ativistas foi formada para lançar a campanha '855-How-To-Quit', que tem produção da brasileira DaHouse.

Idealizada pela agência Serviceplan Innovation, de Munique, a iniciativa usa os códigos de letras e números presentes nos comprimidos de cada medicamento para gerar diferentes linhas telefônicas que oferecem suporte para viciados em 30 dos mais populares opioides.

Suportada por um plano de comunicação presente em TV e mídias out of home, impressa, digital e de ponto de venda, a ação convida pessoas que enfrentam o problema a digitar em seus telefones os números e letras correspondentes – prática comum nos EUA.

Como exemplo, para mais informações sobre o vício em codeína (pílula que traz a inscrição IP33), o paciente disca 855-469-86-7848-4733 (considerando o termo "how to quit" e as demais letras indicadas no teclado do telefone).

Ao ligar, é possível ouvir o relato de pessoas reais que enfrentaram o mesmo problema pelo uso excessivo daquele medicamento específico e que conseguiram, por meio de diferentes técnicas, se livrar do vício.

Para potencializar a eficácia da comunicação, as peças ganharam veiculações otimizadas por geolocalização. Em mercados como a Filadélfia, por exemplo, mensagens ligadas ao fentanil e à oxicodona são mais populares, diante do consumo abusivo desses medicamentos.