NFT puxa expansão do metaverso
As pessoas se comunicam por hábitos de compra instigados por experiências. Mas não vejo ninguém comprando após assistirem a comerciais
A apresentação The NFT Revolution and What It Means For Brands, realizada na manhã desta terça-feira (21) com mediação da creator Swan Sit, recebeu a atriz e modelo Paris Hilton, CEO da 11:11 Media, mas quem roubou a cena foi Gary Vaynerchuk, chairman e CEO da VaynerX e VaynerMedia.
“O Facebook começou para jovens, hoje é para pais”, comparou o executivo, referindo-se à evolução da internet. “Agora, é sobre comunidades”, acrescentou Paris Hilton, que começou a sua trajetória no mundo gamer em 2004, e há dois anos lançou a sua primeira coleção de NFTs. A série mais recente foi anunciada no último mês de março sob o título Paris: Past Lives, New Beginnings.
O novo universo da Web 3.0 tem nas criptomoedas NFT - sigla para Non-fungible Tokens (em tradução livre, tokens não-fungíveis) - a possibilidade de criar interações nunca vivenciadas. É a hora da revolução pelas comunidades e não por audiências. “As novas formas de gerar engajamento são empolgantes”, comentou Paris Hilton.
O potencial enche os olhos do mercado. Dados do site Nonfungible.com, mostram que mais de US$ 2 bilhões foram gastos em NFTs nos primeiros três meses de 2021, alta de 2.100% em relação ao quarto trimestre de 2020. No Brasil, o mercado de objetos digitais com propriedade certificada movimentou US$ 754,3 milhões no segundo trimestre do ano passado, valor 35,5 vezes maior em relação ao mesmo período de 2020.
Com o poder de influenciar legiões de fãs, as coleções de NFTs abraçam o metaverso, atraindo marcas ávidas pela atenção de uma audiência movida à inovação. O benefício é fazer parte de um ambiente escolhido pelo próprio consumidor, ponto de partida para negócios monetizados pelas criptomoedas e blockchain. “Estou empolgada com o futuro trazido pelo metaverso”, declarou Paris Hilton.
“As pessoas se comunicam por hábitos de compra instigados por experiências. Mas não vejo ninguém comprando após assistirem a comerciais”, frisou Gary Vaynerchuk. De acordo com o executivo, o metaverso ajudará as marcas a mergulharem na vida das pessoas. No entanto, é preciso ter propósito para trafegar por um território que demanda conhecimento para otimizar verba e engajar as pessoas certas.
“O benefício é para quem compra e para quem vende. É uma plataforma que se aprofunda na criatividade e negócios”, pontua Vaynerchuk. O CEO da VaynerX e VaynerMedia lembra que o metaverso permite uma imersão além das redes sociais, “hoje território para hostilidades”.
Da trajetória iniciada no início dos anos 2000, o novo ciclo de crescimento da internet vem na esteira da cultura pop, do entretenimento, da geração de conteúdo autêntico e dos influenciadores, que alavancam projetos capazes de abrir oportunidades únicas de engajamento das marcas com os consumidores.