Catch phrases

Nos 18 meses de pandemia conheci muita gente de todo lugar e de vários países. Revi também muitos amigos via Zoom.

Foi realmente enriquecedor. Nas trocas de experiências sobre mercado falamos das dificuldades e do futuro de nosso negócio. Colecionei algumas histórias que sintetizo agora em “catch phrases” divertidas. Talvez você conheça algumas.

“O curioso caso da grande empresa que fez tudo certo por mais de 20 anos, mas nunca se comunicou e vê a concorrente com 2 ou 3 anos apenas virar um unicório.”

“A clássica história da marca que se reposiciona a cada 3 anos e após uma década sente que deve inovar ainda mais a comunicação e abre uma house.”

“O divertido enredo sobre a crença de que comunicação é custo e bastam um iPhone e uma ideia na cabeça para fazer uma campanha orgânica de sucesso.”

“A tradicional fábula que previa o fim do mundo para as agências e termina com a abertura de uma.”

“O livro perdido de campanhas para talkability sem risco nenhum para a marca.”

“O trágico artigo sobre o superconhecido CEO que se orgulhava de não fazer comunicação para a sua empresa e considerava isso um gasto, até que um dia teve um problema pessoal que contaminou a imagem de sua empresa.”

“O impensável parágrafo curto sobre o programador que criou uma inteligência artificial que criava campanhas. Comprada por uma holding de agências.”

“A derradeira versão da metáfora da formiga e da cigarra que foi utilizada para acabar com verbas de publicidade que fortaleceriam marcas, indústrias e pessoas.”

“A conhecida epopeia de marcas que passam anos sem se posicionar e de repente são posicionadas por comentários na imprensa ou nas redes sociais.”

“A repetitiva prosa de que fazer comunicação dentro de casa e imitar uma startup é a coisa mais moderna e up to date que você vai fazer na vida da sua empresa.”

“O improvável capítulo perdido do livro secreto do real motivo de as empresas online adorarem veicular suas campanhas no mundo offline.”

“O trágico opúsculo da empresa que só valoriza resultados financeiros e pensa que comunicação é gasto.”

“A inexplicável e intraduzível saga da marca brasileira que só aceita trabalhar com agências internacionais.”

“A hilariante cena final em que a empresa descobre que os dados funcionam se alguém muito bom criativamente os usa para uma narrativa poderosa e emocionante.”

Você deve conhecer várias outras, me manda no email.

Flavio Waiteman é CCO-fundador da Tech and Soul (flavio.waiteman@techandsoul.com.br)