CBA B+G explora mercados de consumo na América Latina
Há alguns anos, a palavra design era um mistério para muitos que a ouviam ou tentavam entendê-la. Foi assim, nesse ambiente de descobertas e dúvidas, que Luis Bartolomei fundou a B+G, hoje CBA B+G, depois da joint venture com a agência de branding e design do grupo WPP em 2014. Com atuação em São Paulo e em toda a América Latina, a agência tem trabalho com foco em new branding, embalagem de produtos, costumer experience e branded environments.
“As embalagens tem tido uma forte atuação da nossa empresa, além de explorar as experiências com a marca e o ambiente em que elas estão inseridas, cuidando do espaço de varejo. Nossa experiência se concentra no mercado de consumo e quase todos os nossos projetos estão voltados para essas companhias”, afirma Bartolomei, CEO da CBA B+G.
O varejo vive um momento de transformação e questionamentos sobre como ampliar suas formas de vendas e tenta replicar a mesma forma de comercialização física no online. Bartolomei acredita, no entanto, que não se deve imprimir as experiências, mas sim entender que o modelo de negócio deve ser outro. “Ao trabalharmos com embalagem, por exemplo, ela é o momento decisivo para o consumidor. Mas e quando as pessoas começarem a comprar só por celular e deixarem de ir até as lojas? O que vamos fazer com as embalagens?”
A resposta está na maneira de pensar esses produtos. “Hoje pensamos muito mais na embalagem como ícone daquele produto do que como algo que a envolve, propriamente dito. Por isso, as tendências de design dos últimos anos são sempre simplificar cada vez mais. Todos estão indo para um nível de ícone que quando tudo for mobile, esse modelo atual não vai mais fazer sentido”, explica.
O mundo da propaganda, segundo Bartolomei, é tão envolvendo que faz sombra a uma série de outros mundos que possuem conteúdos importantes e relevantes. O design hoje é muito falado por ter ganhado destaque no Cannes Lions. O Brasil, afirma Bartolomei, tem um trabalho relevante, mas o desafio tanto aqui quanto no resto da América Latina está em tornar claro para o cliente qual o impacto do branding no seu negócio e como ele pode comprá-lo.
A B+G está há 18 anos no mercado brasileiro e faz parte do Grupo Taupe, assim como a Diip. Ao se unir a CBA, ganharam maior força de operação e estão explorando novos caminhos. Com a Diip, por exemplo, vão divulgar um conteúdo de futurologia, onde irão analisar o curso da história sobre vários aspectos sociais, culturais e tecnológicos. Com esses dados, farão uma projeção do futuro para prever o que vai acontecer em termos de revolução social. “Com isso conseguiremos ajudar as marcas a se posicionarem e a se projetarem no futuro”, esclarece Bartolomei.