CCRJ mostra sua nova cara

 

Depois de um ano e quatro meses à frente do CCRJ (Clube de Criação do Rio de Janeiro), Eduardo Almeida, diretor de criação da Quê, diz que considera o trabalho ainda no começo e inicia uma ação para divulgar os projetos de 2012. Um kit com bolachas de chope contendo os principais projetos foi distribuído na semana passada para profissionais do mercado e imprensa.

Diferente do consagrado CCSP (Clube de Criação de São Paulo), a entidade fluminense não cresceu na mesma medida e teve vários “recomeços” ao longo de sua história. Hoje, além de Almeida, a diretoria do CCRJ conta com o trabalho de 12 pessoas que encontram espaço em suas atribuladas agendas para encontros quinzenais. “Respeito muito o trabalho do CCSP e de outros clubes de criação, como o CCPR (Clube de Criação do Paraná). Mas são mercados diferentes, com realidades próprias. O CCRJ passou por uma reconstrução e agora começa a encontrar o seu caminho. A entidade está voltando a ganhar musculatura. Não é à toa que estamos lançando a campanha ‘Reconquista’, voltada para o nosso mercado. Com mais patrocínios e apoios – já são 10 empresas ao lado do Clube–, fica mais fácil reeditar projetos de sucesso e implementar novas ações”, diz Almeida.

Os patrocínios aos quais ele se refere são de Rede Record, ESPM, Band Rio e da produtora de som Nova Onda. Os apoios vêm da República Marketing Universitário, da MTV, da Microwave, da Margarida Filmes, da Silence e da Nuts Locomotyva. Alguns projetos foram retomados este ano, como o Young Lions, do qual o Clube é o organizador regional; e o Clube do Futuro, que seleciona jovens para estagiar nas principais agências do Rio.

Desde que assumiu o CCRJ e ciente das dificuldades de tocar uma entidade com pouco fôlego no mercado, Almeida procurou se aproximar de entidades como o GAP (Grupo de Atendimento e Planejamento do Rio), a ABP (Associação Brasileira de Propaganda) e o Grupo de Mídia do Rio de Janeiro. “Com esta aproximação, realizamos o evento sobre empreendedorismo no final do ano passado. Boa parte das dívidas do CCRJ também foi regularizada com a receita de patrocínios e do Clube do Futuro”, diz Almeida.

Futuro

Entre os projetos futuros está o de ampliar a presença digital do clube, que hoje se resume a uma fanpage no Facebook (facebook.com/redeccrj). O ano de 2012 também marca o recomeço de antigos projetos, como o anuário Melhor do Rio e o lançamento de outros, como o Parque de Ideias, o Espaço CCRJ e o Rio de Todos Nós. O Parque de Ideias é um ciclo de encontros para inspirar profissionais e debater assuntos variados que será realizado no parque Lage, a partir de agosto. O Espaço CCRJ é, justamente, o espaço digital ampliado a ser lançado, hospedado dentro de um site de notícias do trade. Dentro do Espaço, haverá uma Galeria CCRJ para ver os trabalhos do mercado carioca. O Rio de Todos Nós, projeto que está sendo formatado em parceria com a ESPM, será uma parceria para levar para comunidades carentes pacificadas alguma contribuição. “A ideia é levar conhecimento e capacitar as pessoas a, por exemplo, criar uma campanha publicitária”, explica Almeida.

Hoje, o foco do CCRJ é, segundo seu presidente, valorizar a criatividade no mercado, trabalhando estudantes e profissionais. O maior desafio é ter relevância junto aos profissionais, uma vez que, junto aos estudantes, o CCRJ já se mostrou muito forte, principalmente devido ao Festival do Rio, promovido em Búzios, e ao tradicional concurso Clube do Futuro, que já ajudou muita gente boa e consagrada hoje a entrar no mercado. “A partir do momento em que o clube volte a ser relevante, a tendência é a valorização. O clube quer sócios, mas em outras bases. Primeiro, tem que ser relevante para depois atrair interessados em fazer parte dele”, diz Almeida.

No fim do ano, haverá novas eleições. Resta torcer para que os projetos implementados e/ou planejados tenham continuidade. “O estatuto do clube prevê a reeleição, mas acredito que outra pessoa deve assumir o lugar. Botei a casa em ordem, e este era o meu objetivo. Mas é claro que vou analisar o cenário quando chegar a hora”, conclui Almeida.