CDN vence concorrência de RP para promover Brasil no exterior

Iniciada há cerca de quatro meses, a concorrência promovida pela Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) para contratar agência de Relações Públicas para promover o Brasil no exterior está praticamente concluída. A vencedora é a CDN que ficou em primeiro lugar na etapa técnica da licitação e em segundo na fase de preços. A conta é de R$ 15 milhões anuais.

Os envelopes com as propostas comerciais foram abertos na última terça-feira (4). O resultado oficial deve ser publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (6). O peso da parte técnica, como previa o edital, é de 60% e preço 40%. A CDN disputou a fase final com a Publicom, Burson-Marsteller, FSB e Santa-Fé. O processo seletivo ultrapassou o prazo preeestabelecido pela Secom devido aos processos na justiça impretrados pela In Press Porter Novelli e Máquina da Notícia, desclassificadas por não terem apresentado documentação plena à comissão de licitação. O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou liminar da Máquina e a In Press retirou o processo. A partir da publicação do resultado no DOU há prazo de uma semana para recursos.

O objetivo da Secom, na expressão do sub-secretário Otoni Fernandes Jr.,  “é promover o Brasil e contribuir para atrair investimentos para o País. Queremos fazer um trabalho de assessoria de imprensa no exterior para mostrar as vantagens brasileiras e, principalmente, que o Brasil é solidamente institucionalizado e com marcos regulatórios que não mudam. Será uma campanha de longo prazo e com continuidade a essa política. Quero registrar que a empresa que vencer a concorrência não fará lobby. A questão etanol é líder porque vem há 33 anos investindo nesse bio-combustível.  O Brasil inovou na produção e criação de cana-de-açúcar adequada, controle biológico de pragas, logística integrada para colheita e a construção de bens de capital para as usinas inteiramente nacional. Temos o ciclo completo do etanol. A Embraer é outra excelência que se tornou gigante porque na década 50 foi criado o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e o Centro Tecnológico da Aeronáutica. Houve continuidade por isso é um cluster poderoso. Na área de celulose temos inteligência que é benchmark. Temos que mostrar isso. O Brasil é uma marca forte e precisamos aproveitar o momento”.

por Paulo Macedo