A Central de Outdoor está promovendo estudos para reformatar o seu tradicional Prêmio Central de Outdoor. Por conta disso, a entidade não realizará o evento neste ano, após 18 edições anuais sem interrupção. O presidente da Central, Luiz Roberto Valente, explica que o prêmio vem sofrendo desde a implementação da Lei Cidade Limpa na cidade de São Paulo, em 2007.
A partir desse ano, mesmo que o número de inscrições não tenha caído (em 2007, a edição recebeu número recorde de inscrições: 2.350), grandes agências nacionais ficaram de fora do prêmio. “A última a ser premiada foi a Thompson, em 2006”, conta. Nas últimas edições, foram premiadas agências regionais, como a Anima Lamps, de Maringá (PR), que levou o GP em 2009.
Valente diz que com a saída da cidade de São Paulo da área de abrangência do outdoor, poucos anunciantes de peso nacional passaram a apostar na mídia, com exceção de algumas marcas, como O Boticário, que ainda vê o meio de forma estratégica. Só para se ter uma ideia, em 2006, segundo Luiz, existiam 36 mil quadros no País. Hoje esse número é de aproximadamente 26 mil – uma queda de 27%.
Essa redução, segundo Valente, foi acentuada depois que outras cidades do País passaram a seguir o exemplo de São Paulo e criaram leis semelhantes de regulamentação da publicidade exterior, a exemplo de Recife, em Pernambuco, e São Caetano do Sul, no ABC Paulista.
Com esse novo quadro, a ideia da entidade é atualizar o modelo adotado no prêmio, tanto para a premiação quanto para as categorias que até agora norteavam as inscrições. O estudo ainda não está finalizado, mas deverá trazer, entre outros aprimoramentos, a mudança da data da premiação.
Segundo Luiz, provavelmente o evento terá sua data de lançamento transferida para março de 2011, com a premiação sendo feita para o mercado publicitário no dia 31 de agosto de 2011, quando se comemora oficialmente o Dia do Outdoor.
por Daniela Dahrouge