Dados são a moeda da nova economia, dizem especialistas

Com o avanço da tecnologia e competição, parece imperativo que profissionais de marketing comecem a se guiar por dados e tomar decisões com base neles. Em um mercado cada vez mais digitalizado e integrado, mensurar, apurar e trabalhar com informações está mais fácil e necessário, mas ainda há resistência na mudança de cultura organizacional e mesmo de mindset de executivos e força operacional.

Não se trata de uma questão de tecnologia, mas sim de business. Durante o Teradata 2014 Partners, evento que discutiu big data e a orientação de empresas por meio dos dados, realizado esta semana em Nashville, nos Estados Unidos, executivos de diversas companhias deram algumas dicas de como as companhias podem começar a evoluir neste sentido.

E foi dado o alerta: empresas que não mudarem sua mentalidade e entenderem que os dados são a “moeda corrente da nova economia” perderão competitividade e mais cedo ou mais tarde estão fadadas ao fracasso, independentemente do setor em que se posicionam.

1. Estratégia vem primeiro (Lisa Arthur, CMO da Teradata)

“Antes de pensar em big data e tecnologia, alinhe a sua estratégia. Desde a diretoria até a operação, é necessário alinhar marketing, tecnologia da informação, vendas e outros departamentos em torno de uma mesma mentalidade. É necessário esclarecer a visão, os objetivos da empresa e todo o caminho do consumidor para ver o que vai mensurar e como”

A executiva ainda tem um livro que aborda mais pontos para uma mudança estratégica.

2. Matemática e criatividade (Robert L. McClarin, diretor de CRM da 7-Eleven)

“Para um marketing baseado em dados, logicamente você precisa entender e trabalhar com estatística e matemática. Entretanto, precisa combinar esse conhecimento com a criatividade e o pensamento criativo para exercitar o seu cérebro e ter o equilíbrio entre essas habilidades como um diferencial”

3. Responsabilidade é a chave (Adam Sarner, vice-presidente de pesquisa da Gartner)

“As companhias precisam elencar responsáveis por problemas e soluções. Precisa haver algum profissional responsável por cada métrica ou o que está havendo naquela situação, se não, ninguém sabe de quem será o sucesso ou o fracasso”

4. Priorização (Robert L. McClarin, diretor de CRM da 7-Eleven)

“Se você não tem um planejamento de que informações vai usar e por qual motivo, começa a coletar todo tipo de dados e acaba não aproveitando nenhum deles como deveria – e hoje o consumidor demanda um retorno para as informações que concede. Então, você precisa traçar uma estratégia clara para mapear o que precisará utilizar para gerar mais valor em ambos os lados”

5. Preparar, apontar, fogo! (Scott Gnau, presidente do Teradata Labs)

“Trabalhar com foco em dados e big data tem tudo a ver com as etapas de se usar um arco e flecha, por exemplo. É preparar, apontar e fogo: primeiro, você precisa preparar o terreno para tal tipo de análise, com profissionais, tecnologia e especialmente estratégia alinhada. Depois precisa mirar nos públicos, entender o consumidor e a indústria para saber o que está para atingir, e finalmente atirar e começar a capturar os insights no que vê. São três situações bem diferentes entre si, mas todas fundamentais. Muitas companhias esquecem de alguma delas, e no final do dia isso faz muita diferença”