Como era de se esperar, as classes A e B absorvem, juntas, 55% do consumo total do Brasil, em todos os 42 grupos de produtos (exceto alimentação) estudados pelo Pyxis, nova ferramenta do Ibope Inteligência, apresentada nesta manhã (25) pelo instituto.

O Pyxis é um software que mostra o potencial de consumo por grupos de produtos e por classes sociais em todos os municípios brasileiros. A ferramenta também calcula a participação de mercados das empresas e permite projetar quanto é necessário vender para manter a mesma fatia no próximo ano.

Por meio do Pyxis, calculou-se que os produtos que a classe A mais consumiu, no último ano, foram malas, bolsas e cintos (24%), e brinquedos (21%). Já a classe B consumiu produtos de beleza (46%); malas, bolsas e cintos (48%); água mineral, sucos e refrigerantes (46%); brinquedos (48%); e bebidas fermentadas – cerveja e vinho – (47%). Os produtos que a classe C mais comprou foram mercearia – produtos industrializados e secos –  (45%); carnes e derivados (40%); vestuário infantil (38%); e calçados femininos (33%). “A classe C está numa situação bem interessante porque consegue ter um consumo compatível com sua proporção [que corresponde a 46% da população brasileira]. Praticamente não existe uma categoria que a classe C não consuma”, explicou Antônio Carlos Ruótolo, diretor de geonegócios do Ibope Inteligencia.

Por fim, as classes D e E consumiram mercearia (15%) e carnes e derivados (10%).
Essas porcentagens referem-se ao consumo nacional de produtos e a base de cálculo é o valor gasto, e não a quantidade consumida.

Região
O Distrito Federal é o estado que mais consome em quase todas categorias. A exceção é alimentação em domicílio, líder em São Paulo, artigos de limpeza (Paraná), bebidas (Rio de Janeiro) e medicamentos (Rio Grande do Sul).

por Maria Fernanda Malozzi