CNN: "Resolvemos apostar em pluralidade e no debate"
Há menos de um ano no ar e em segundo lugar no ranking de audiência da TV por assinatura do país entre canais de notícias, atrás da GloboNews, a CNN Brasil foi apontada como a emissora de notícias mais imparcial e independente do país por pesquisas encomendadas à Kantar Ibope Media e ao Real Time Big Data.
“Foi sensacional (receber o resultado), porque nós acreditamos que o papel do jornalismo, e de qualquer empresa jornalística, é ser imparcial, isento, provavelmente o maior atributo de todos para quem faz jornalismo, que é não ter lado. Não apoiar este ou aquele, ser de fato imparcial, em defesa da sua audiência”, comenta Américo Martins, VP de conteúdo da CNN Brasil.
A Kantar Ibope Media indicou que 52% dos entrevistados enxergam a CNN como imparcial; 17% acham que o canal é contra o governo; e 13% acreditam que seja a favor do governo. De acordo com os dados divulgados, a principal concorrente é vista como imparcial apenas por 22%; 69% consideram que ela atua contra o governo; e apenas 2% dizem que é a favor do governo. A pesquisa foi realizada por questionários online com 1.269 pessoas, em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, entre 30 de julho e 18 de agosto.
No Big Data Real Time, o resultado é parecido: a CNN é vista como independente por 49%; contra o governo por 18% e a favor do governo por 13%. Já a concorrente é vista como independente por 28% dos entrevistados; contra o governo por 65% e a favor por 1%. O estudo foi feito por telefone com amostra de 1.500 pessoas, em várias capitais brasileiras, entre 26 e 29 de julho.
Para celebrar os resultados, a CNN lança a campanha CNN. O jornalismo mais imparcial do Brasil. “Esse dado é muito forte. Vários meios de comunicação se dizem imparciais, isentos, e muitos até são mesmo, mas a gente tem duas pesquisas que comprovam isso. Então não é só uma retórica, é um fato. As pessoas nos identificam assim, o que é ótimo, sinal de que estamos fazendo um bom trabalho”, comemora Martins.
Questionado se o histórico das concorrentes, que estão no ar há mais tempo, influenciou o resultado das pesquisas, Martins fala: “Eu acho que não influenciou, porque senão a maioria das respostas ia ser ‘não sei’, ‘não tenho opinião formada’. Talvez o histórico das concorrentes tenha um peso, tem um legado, mas saíram claramente números muito altos para a CNN”, reforça ele.
O VP de conteúdo da CNN Brasil conta que, antes do lançamento, a equipe trabalhou muito próxima da CNN Internacional, que “também nos ajudou muito com treinamentos e esse é o objetivo deles: que todas as licenciadas sejam imparciais”. A CNN Brasil é comandada pelo grupo brasileiro de mídia NovusMídia, conforme acordo de licenciamento de marca com a CNN Internacional.
Martins lembra que ser imparcial requer estratégia. “Resolvemos apostar em pluralidade, ouvindo todo mundo, na política, nos negócios, promovendo o debate para a audiência chegar à própria conclusão, e investir em reportagem e análise, também imparcial”.
Ele ressalta que o perfil do canal é muito atrativo para o mercado. “Somos um canal de notícias que é imparcial, com o maior percentual de audiência AB de toda a TV fechada. Eu acho que ser imparcial é um ativo muito importante para os negócios, de ter essa percepção de não estar de um lado ou de outro, porque quando você está muito atrelado a um lado, ou tem uma percepção de que uma empresa está atrelada a um lado, pode criar problema para os negócios, inclusive”, avalia o VP de conteúdo.
Atualmente, a CNN Brasil conta com 664 profissionais e tem planos de expansão, bem como contratar outros nomes da TV brasileira – os últimos contratados foram Márcio Gomes e Gloria Vanique (ambos ex-Globo), além de Carla Vilhena. “Eu gostaria de trazer outros grandes profissionais”, revela Martins. Entre os projetos recentes estão o lançamento da CNN Rádio, em parceria com a Rede Transamérica, e a criação da nova unidade de negócios, a CNN Eventos.