Alê Oliveira

Vacinar é preciso, principalmente em um país como o Afeganistão que tem a taxas mais baixas desse procedimento em todo o mundo. Diante desse cenário, a McCann Heath, de Nova Déli, na India, desenvolveu o case “Immunity charm”, para o Ministério Público da Saúde do Afeganistão. A ideia central era conferir um pouco de charme para ampliar o volume de imunizações nas crianças desse país que convive com os problemas ocasionados por uma guerra interminável. O trabalho conquistou o Grand Prix For Good, uma iniciativa da ONU com o Cannes Lions. A definição desse prêmio é feita pelos jurados de Health & Wellness. O brasileiro Diego Freitas, da Havas Life, participou da decisão por ter integrado o júri da área Health.

Para atrair o público, a agência utilizou como chamariz uma tradição cultural afegã: usar um bracelete usado pela garotada com contas coloridas, cada uma delas para representar as vacinas já aplicadas. Mães e pais são incentivados a colocar no pulso dos recém-nascidos como um símbolo de proteção. “Esse código de proteção é integralmente off-line”, resume June Laffey, presidente do júri da competição Pharma do Health & Wellness Lions. À medida que a criança recebe vacinas adicionais contra doenças como o sarampo, a poliomielite, a difteria e outros, as pérolas codificadas por cores são adicionadas à pulseira.