Alê Oliveira

Depois de reduzir em pelo menos 50% o número de delegados do grupo WPP no Cannes Lions esse ano, seu CEO Martin Sorrell anunciou em Cannes que, desde o ano passado, vem sugerindo que a decisão do festival reveja o modelo e a estrutura do evento.

“Sei que não pega bem ser convidado para uma festa e falar mal do anfitrião, mas o fato é que é preciso reconhecer que há um problema. É um festival incrível, mas ficou caro demais, frenético demais. Encontro jornalistas que não conhecem os trabalhos porque não tiveram tempo para isso. Por outro lado, também não acredito que um boicote seja a solução, porque as pessoas que ganham prêmios ficam ogulhosas por serem eleitas por seus colegas, bem como clientes. Boicotar é destruir.”, comentou o executivo.

Segundo ele, uma solução seria levar o evento para uma outra cidade como Paris, Londres, ou Nova York, pois a origem do evento em Cannes vem de tempos em que seu foco era mais europeu, e ele não atraia tantas pessoas, pois seu formato era bem menos grandioso. A grandiosidade do evento devido às transformações tecnológicas demandam uma revisão de estrutura.  Urgente, segundo Sorrell, que finalizou seu ponto com a frase: “Houston, we have a problem.”