Cobrança da taxa Condecine para filmes na internet é adiada

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Através de gestão da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e da Apro (Associação das Produtoras de Audiovisual) a taxa Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional) para produções de teor publicitário na internet está adiada até junho de 2018. O protocolo foi publicado na edição do Diário Oficial da União no último dia 02 de outubro como instrução normativa com o número 136. 

Segundo Paulo Schimdt, presidente da Apro, a discussão sobre a cobrança da taxa nos canais digitais não tem o objetivo de ampliar a arrecadação da Ancine (Agência Nacional de Cinema), mas normatizar que é que de fato está habilitado a produzir conteúdo comercial na rede mundial de computadores. Pela Lei do Audivisual, como frisa Schimdt, é necessário que os agentes de produção tenham o registro da Ancine, organismo que autoriza a prática.

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Paulo Schimdt é presidente da Apro

“Todo mundo está produzindo publicidade na internet. Até agências de publicidade montaram estúdios com esse propósito. Mas como cobrar essa taxa em um universo que tem publicidade explícita e formatos como branded content, por exemplo, que muitas vezes torna invisível a intenção comercial? Não é apenas uma questão financeira, mesmo porque a taxa sugerida para a internet não é relevante, mas determinar quem está realmente em condições de realizar esse trabalho. Esse assunto é de extrema complexidade. Repito: o tema tem menor relação com a arrecadação, mas definir quem é o player que deve produzir. Na internet não tem regulação”, disse o presidente da Apro. “É uma vitória do trade”, acrescentou Sandra Martinelli, presidente da ABA.

A arrecadação anual da Ancine com o recolhimento obrigatório da taxa Condecine é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão. O valor tradicional é de R$ 300,25, mas para TVs abertas, fechadas e cinema é superior a R$ 4 mil.