Cofap retorna à mídia com ação da W/

As campanhas da Cofap criadas pela W/Brasil são memoráveis e fazem parte da história da publicidade brasileira. Quem não se lembra do cão descendo ladeiras de rolimã ou tentando impedir uma família de viajar por causa dos amortecedores vencidos? O anunciante, após cinco anos de ausência, retorna à mídia no final deste mês de abril com uma campanha composta por oito filmes de 10 segundos de duração, mas sem o cão ao vivo da raça Dachshund, estrela dos legendários comerciais dirigidos por Julio Xavier da Silveira nos anos 90.

Não, a agência não vai deixar de usar o animal. O primeiro flight da campanha está sendo produzido integralmente em animação por uma equipe interna na própria W/. “Os cachorrinhos precisam de pelo menos três meses consecutivos de treinamento para estarem prontos para o set de filmagem. É o prazo que o adestrador Gilberto Miranda, que trabalhou em todas as campanhas anteriores, exige. Mais do que isso: o treinamento precisa ser feito com luz de cinema para que os cães não estranhem quando estiverem em produção. Quando esse ritual estiver concluído, vamos produzir comerciais ao vivo”, explicou Washington Olivetto, que dirigiu a criação da campanha ao lado da dupla Fábio Meneghini e Gastão Moreira.

Os oito filmetes serão veiculados apenas nas emissoras de TV por assinatura de todo o País, um orçamento de cerca de R$ 3 milhões, uma pequena parte do budget que a fabricante Magneti Marelli tem para ações de mídia em 2010. A marca adquiriu a Cofap em 1997 do fundador Abraham Kasinsky.

O Cofapinho garantiu à W/ Leão no Festival Internacional de Publicidade de Cannes na década de 90, com direção de Xavier da Silveira. O filme “Isqueiro e fósforo”, para a linha Turbogás da Cofap, com direção de João Daniel Thikomiroff, também obteve Leão. Na verdade, a Cofap garantiu ao País um dos seus primeiros Leões no festival: criação dos irmão Jarbas e Rui Agnelli, da Lince Propaganda, roteiro que mostrava capotagens de Gordinis. Na MPM Casabranca, com direção de Dorian Taterka, a marca também teve Leão.

por Paulo Macedo