Poucos dias após a determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que aprovou com restrições a saída da Portugal Telecom do capital da Vivo, a companhia avalia os próximos passos. Segundo o órgão, para que a Telefonica fique com 100% do controle da Vivo, a opção é abrir mão de qualquer participação, direta ou indireta, na TIM. Outra saída é conseguir um novo sócio para a Vivo, empresa em que a Portugal Telecom possuía 50% de participação.
Embora os termos do Cade tenham sido divulgados há uma semana, segundo Antonio Carlos Valente, presidente da Telefonica Vivo, a companhia foi oficialmente notificada apenas no fim da tarde desta quarta-feira (11). “Por conta disso, não fizemos avaliações. Temos confiança, no entanto, de ter feito uma operação regular, dentro do acordo que assinamos. Pode ser que as questões levantadas pelo relator nos façam refletir, mas a princípio mantemos essa tranquilidade”.
O executivo lembrou a entrada da Telefonica na Telco (que possui 22,4% da Telecom Italia, controladora da TIM), em maio de 2007. “As empresas sempre atuaram de forma distinta. Durante todo esse período, construímos provas materiais de que ninguém violou o acordo”. O prazo para definição da decisão continua sigiloso.