Comedy Central traz formato original do Porta dos Fundos

Um dos principais grupos de humor do país, com seus integrantes tendo trânsito na publicidade, internet, cinema, televisão e teatro, o Porta dos Fundos acaba de desenvolver o formato batizado de Improviso. O primeiro conteúdo com esse molde tem estreia marcada para esta segunda-feira (14) no canal Comedy Central, que integra o portfólio da multinacional norte-americana de mídia Viacom. O elenco desse projeto é composto por Luis Lobianco, o músico Andres Giraldo, João Vicente de Castro e Gregório Duvivier. Além de stand-up e sitcoms, a emissora pesquisa novos formatos, como Drunk History, que foi lançado como atração há dois anos e narra, com um viés humorístico, as peripécias de um bêbado.

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O elenco de Portátil é composto por João Vicente de Castro (à esq.), Gregório Duvivier, Gustavo Miranda e Luis Lobianco: gravações ao vivo

 “Não sabemos como será o processo, mas gostamos do formato criado pelo Porta dos Fundos, referência no Brasil na área de humor. Há empresas especialistas em formatos como a Endemol. Esse conceito pode ser aproveitado pela Viacom em outros mercados, mas depende de negociação com o coletivo brasileiro”, explica Federico Cuervo, brand manager do Comedy Central na América Latina. O canal está presente em 20 países da região, que agrega 22 milhões de espectadores, dos quais 10 milhões no Brasil. No mercado global, o Comedy Central possui uma audiência de 275 milhões de pessoas.

Os atores do Porta dos Fundos ganharam relevância pela internet, mas o meio digital para eles, como enfatiza o produtor e roteirista Ian SBF, é apenas mais um. “Buscamos a eficiência no teatro, na televisão ou no cinema. A web foi o canal introdutório e ganhamos uma projeção enorme através dele. Nesse formato de improvisação, mantemos a pegada”, disse.

A publicidade é um dos canais de monetização do grupo. Duvivier, por exemplo, foi o protagonista da campanha Os Três gregos da Batavo, criada pela NBS. “O humor é um elemento que as agências buscam, porque o público gosta dessa linguagem. Mas acho que as empresas são muito engessadas na hora de aprovar conteúdos. Precisavam ter mais ousadia já a partir do briefing”.