Comercialização de mídia exterior em Salvador atinge 100%

Mundialmente conhecido, o Carnaval de Salvador sem dúvida é um dos eventos que mais traz rentabilidade à mídia exterior local. A cidade, que possui aproximadamente 1.200 outdoors e 150 front lights, está com todos os seus pontos ocupados. Segundo Pedro Dourado, presidente do Sepex-BA (Sindicato das Empresas de Publicidade de Mídia Exterior do Estado da Bahia), Salvador é uma cidade muito propícia para esse tipo de comunicação e o período do Carnaval é o mais rentável pelas empresas, que conseguem ganhos de 100%. “Como nesta época a procura é maior que a oferta, as empresas cobram o preço de tabela (determinado pelo sindicato) sem descontos. A média de comercialização desses espaços durante o ano é de 80% e, no Carnaval, atingimos 100%, sendo que os anunciantes já fecham os contratos em novembro do ano anterior”. 

O presidente do sindicato diz ainda que depois do Carnaval, a data que mais traz lucros para esse tipo de mídia é o Natal, seguido pelo Dia das Mães. Os foliões que estiverem em Salvador verão espalhados pela cidade principalmente anúncios de cervejas e bancos, os maiores investidores segundo dados do Sepex. “O setor de telefonia já foi um dos maiores anunciantes nessa época, mas caiu um pouco. Agora o que vemos mesmo são os bancos e as marcas de cerveja invadindo a cidade. Há muitos anúncios do Bradesco e do Itaú, e de cervejas como Skol, Nova Schin e Sol”, disse Dourado. 

Uma das empresas que apresentou lucro de 100% em seus espaços foi a Cemusa, que está com seus espaços esgotados. As campanhas de cerveja Brahma, lojas Ricardo Eletro e Insinuante, Café Maratá e Santa Clara poderão ser conferidas nas 1.050 faces do mobiliário urbano instalado nas principais ruas e avenidas da cidade. “Mais uma vez tivemos os contratos fechados com bastante antecedência. Isso mostra que o interesse dos anunciantes pelo Carnaval de Salvador cresce à medida que conhecem os resultados que o meio traz principalmente nessa época do ano, quando as pessoas passam mais tempo nas ruas”, explica Pedro Villaça, presidente da Cemusa.

Claudia Pereira