Como o Google quer apoiar o ESG das empresas
Pesquisa que impulsionou Impact!ESG mostra que apenas 1 em cada 5 pessoas ouviu sobre o tema e 47% não associam as práticas ESG a nenhuma marca
O Google anunciou nesta segunda-feira (05) o lançamento de uma plataforma de ESG, a Impact!ESG, que chega com a propósito de contribuir para que mais empresas adotem ações sustentáveis nos três nível, ambiental, social e de governança.
O serviço, que oferece mensuração, dados e busca mobilizar empresas, foi desenvolvido em parceria com a empresa de pesquisa MindMiners e o Sistema B, que fomenta o movimento B no País.
Parte de uma pesquisa, em parceria com MindMiners, que entrevistou 3 mil brasileiros de todas as regiões do país sobre o panorama do ESG no Brasil e também a percepção em relação a 274 marcas - entre elas, as Top of Mind da Folha de S.Paulo, as 50 mais valiosas do estudo Brand Finance e as concorrentes dessas companhias.
Em geral, o levantamento revela que há muito desconhecimento dos brasileiros sobre a sigla ESG. Apenas 1 em cada 5 pessoas afirma que ouviu sobre o tema e 47% não conseguem associar as práticas ESG a nenhuma marca.
Um segundo momento da pesquisa perguntou a cada um dos entrevistados sobre 20 marcas das 274 do painel, considerando 35 atributos ao todo nos três pilares do ESG. Em 'social', por exemplo, solicitou a percepção sobre determinada marca em impacto econômico, segurança financeira, engajamento cívico e doação.
A análise desses dados apontou que empresas do segmento de beleza, finanças, bens de consumo, alimentação, cuidados pessoais, tecnologia, moda e varejo são atualmente as mais associadas à ESG.
Nesse primeiro relatório, Lívia Sitta, analista de insights do Google Brasil e líder da Impact! ESG, destaca ainda que metade da marcas mais amadas do país também são aquelas que apresentam melhor reputação."Nos parece que quando uma empresa investe em ESG, ela também está construindo marca a partir da conexão emocional e da intenção de compra".
A solução, inédita na estrutura do Google globalmente, surge da identificação de lacunas nas grandes empresas relacionadas ao tema. "Nas conversas com líderes, o que identificamos, dentre os diversos assuntos, é: por onde em começo, onde invisto, o que eu priorizo e que passo que eu dou", afirma Marco Bebiano, diretor de negócios dos segmentos de bens de consumo, moda e beleza, governo e tecnologia do Google Brasil.
A partir de agora, o Google deve começar a desenvolver conversas com as grandes marcas parceiras, mostrando os estágios em que se encontram a partir das percepções dos entrevistados e dos atributos analisados. Até o fim de 2023, a ideia é levar os dados e insights para 50 companhias e ampliar aos poucos o projeto.
"Tendo mais dados e mais conhecimento, podem ser mais eficientes em mobilizar, conscientizar e educar a sociedade para que possamos tomar as melhores decisões", complementa Bebiano.
Segundo o Google, ao optar por trazer um ranking de setores, e não de marcas, a companhia quer estimular que as empresas entendam os seus próprios cenários e onde podem melhorar, ao invés de criar cenários de competição.