Conar analisará campanha da Devassa

 

Depois de reclamações de consumidores acerca de uma possível conotação sexual da campanha publicitária de carnaval da cerveja Devassa, criada pela Mood para a marca da Brasil Kirin e que tem como mote “O que você está esperando para ter a sua primeira vez?”, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu um processo, que está em avaliação, e sobre o qual prefere ainda não se manifestar.

Em uma matéria publicada nesta sexta-feira (8) no jornal O Globo, a juíza Cristiana Cordeiro, que atua no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na érea de infância e juventude, sugere que a campanha como um todo — em especial cartazes espalhados no mobiliário urbano pela cidade do Rio de Janeiro, com a imagem da cerveja e a frase “E você, tá esperando o quê para ter sua primeira vez?” — sofra uma ação do Ministério Público por “estimular consumidores menores de idade a tomar decisões apressadas quanto à sexualidade”, o que ainda não ocorreu de fato.

Procurada, a assessoria da Devassa respondeu que não recebeu qualquer notificação oficial e esclarece que o mote de sua campanha é apresentar o produto com humor e irreverência, diferenciais da marca, convidando o consumidor de cerveja a experimentar o produto pela primeira vez. Explica ainda que o filme para TV relata a  experiência do personagem fictício Deco Silva, com mais de 30 anos, que decide experimentar pela primeira vez uma Devassa.

Já o mobiliário urbano, que complementa a mesma campanha, apresenta, conforme a legislação, apenas o produto, sem qualquer outro elemento visual, reforçando que o convite com a expressão “primeira vez” refere-se exclusivamente à experimentação da cerveja. “A assinatura do anúncio está focada em transmitir a mensagem de experimentação do produto, permitindo que os consumidores possam conhecer e apreciar a cerveja Devassa. Todas as peças da campanha obedecem rigorosamente a legislação atribuída à categoria de cerveja, trazendo em destaque a frase de advertência: ‘Beba com respeito e  moderação’”, esclarece o comunicado.