Concorrência da marca Rio 2016 segue com 113 agências

O Comitê Organizador Rio 2016 realizou nesta terça-feira (11) um dia de imersão nos valores olímpicos para motivar as agências que disputam a elaboração da marca dos jogos do Rio de Janeiro. Embora 139 empresas de design e publicidade tenham se inscrito no processo, 113 seguem na disputa já que era necessário participar do encontro para seguir na concorrência e nem todas as empresas mandaram representantes.A concorrência definirá uma agência que desenvolverá o programa de marcas dos jogos do Rio. “Temos que vender o evento como um produto, por isso pedimos além da marca, mas exemplos de produtos, home page e decoração para as ruas e estádios, entre outros itens. Precisamos dos desdobramentos da identidade visual que sustentem a comunicação”, explicou Beth Lula, gerente de construção e gestão de marcas do Rio 2016. Beth esclareceu que o COI (Comitê Olímpico Internacional) deixou a organização livre para definir como seria desenvolvida a marca. “Poderíamos optar por um concurso aberto a todos, como já foi feito com sucesso, ou, após pesquisa de mercado, contratar uma empresa”, informou. Mas o Comitê Rio 2016 quis ir além da criação da marca. “Quisemos criar um programa de marca e por isso a agência vencedora firmará um contrato de seis meses com a gente, renovável por mais tempo. A marca tem que ter uma história para contar e tudo que virá depois fará parte desta história”, disse.O Comitê Rio 2016 também quis valorizar o design brasileiro, optando por convidar apenas empresas brasileiras para participar da concorrência. “Queremos um carimbo Made in Brasil e valorizar um segmento que já é bastante reconhecido lá fora por sua excelência”, explicou.Na apresentação do brienfing, Beth apresentou, entre outros conceitos, a missão, visão e valores que devem estar embutidos na marca. “A missão é abrir um novo território para o movimento olímpico, contribuir para o rejuvenescimento da marca olímpica e oferecer aos atletas condições para que alcancem o seu melhor”, comentou. Já como visão, o Comitê destaca a transformação através do esporte, a realização de jogos sustentáveis, a promoção mundial do Brasil e a atração e inspiração da juventude, entre outros fatores. “Já como valores, destacamos atributos que devem estar na marca como excelência, paixão, celebração, ética, transparência, colaboração e união entre todas as partes. Nossa conduta deve refletir os valores olímpicos”, esclareceu. Beth disse ainda que a missão, visão e valores devem estar no DNA da marca. “E ela deve garantir a transmissão da mensagem além de dar sinergia em todas as plataformas”, falou.A marca tem ainda que refletir a cultura local, evitar esteriótipos, ser inovadora, refletir o jeito apaixonante de celebrar do brasileiro e, apesar disso, ter um entendimento universal. “E tem que se manter atual até 2016”, disse acrescentando que os patrocinadores recebem um livro com todas as artes finais da marca. “Que podem ou não ser usadas, é uma opção deles. Por isso, para ser utilizada, a marca também tem que gerar alto valor agregado, ser desejada”, concluiu.A agência vencedora da concorrência dos Jogos Rio 2016 deverá ser conhecida em setembro mas a nova marca só será apresentada em dezembro. “Na festa de reveillon em Copacabana, como deve ser, em grande estilo”, informou Beth.O dia “motivacional” também contou com apresentações de Carlos Arthur Nuzman (presidente do Comitê Rio 2016); Leonardo Gryner (diretor de marketing e comunicação do Comitê Rio 2016); Brad Copeland (consultor do COI) e Scott Givens (consultor do COI), além de representantes dos governos Federal, Estadual e Municipal.Por Teresa Levin