Contagious Communication discute marcas e tecnologia

 

Para Paul-Kemp Robertson, cofundador e diretor-editorial da Contagious Communication, as marcas são o tecido que une tecnologia e pessoas (reais). A tecnologia, com tempo, tende a tornar-se mais invisível. Diante de tanta automação que nos cerca, a Contagious traçou três tendências que afetarão profundamente nossas vidas e serão grandes oportunidades para as marcas se conectarem mais profundamente com as pessoas.

A primeira delas é a tendência chamada “Saúde inteligente” (Smart Health). Cada vez mais as pessoas cuidarão da saúde de maneira mais rápida e eficiente se utilizando de recursos tecnológicos – monitorando seus corpos, por exemplo, com o auxílio de aplicativos de celular. Nos EUA, hoje, 75 milhões de pessoas já utilizam mobile para assuntos de saúde. O que vem por aí é desde carros equipados com detectores de expressões faciais para medir a disposição de motoristas até tatuagens inteligentes, que poderão proporcionar diagnóstico de saúde em tempo real e monitoramentos diversos.

O segundo cenário diz respeito a uma espécie de fusão entre o mundo real e o virtual – são as chamadas “haptic experiences”, em que se pode, por exemplo, com alguma tecnologia, mudar a aparência da sala onde se está jogando um game a partir de recursos presentes nele. Outro exemplo é uma caixa de brinquedo inteligente, na qual se pode interagir com uma holografia. A loja eletrônica da Tesco em uma estação de metrô, em trabalho elaborado pela Cheil Seul – projeto premiado com o GP de Media Lions em Cannes em 2011 – é um bom exemplo dessas experiências.

O terceiro cenário é a que coloca o corpo humano como interface para a tecnologia que se veste. O Google Glass entra nessa tendência, ou lentes de contato funcionais dos mais diversos tipos. Essa é uma indústria que Robertson estima que pode faturar US$ 50 bilhões em três anos. ”A tendência aponta para a transformação de produtos em seus próprios canais de mídia. O mais importante é que a boa tecnologia não é e não será jamais uma desculpa para uma ideia ruim. Ideias de marketing que não são úteis para as pessoas não devem ser executadas”, concluiu.

Acompanhe a cobertura completa do Cannes Lions 2013 nos hotsite do propmark.