Conversational media é a maior aposta da boo-box

 

A publicidade segmentada na mídia online é muito mais precisa do que na mídia offline. A afirmação é de Marco Gomes, fundador da boo-box, empresa que conta com uma ad network de 370 mil sites, entre blogs e sites independentes, e que acaba de dar um upgrade na sua ferramenta de marketing digital de segmentação por geolocalização. “É uma segmentação muito diferente da mídia offline. Na internet você faz anúncios em qualquer site para que a pessoa que está acessando seja da região onde você quer atingir. A segmentação é muito mais precisa”, afirma ele.

Segundo Gomes, com a nova tecnologia, a boo-box consegue exibir anúncios segmentados por região, com 40 quilômetros de precisão e 72% de acerto. “Como a maior parte das empresas tem a verba de publicidade divida por região, praticamente todas as campanhas da boo-box são segmentadas por localização de alguma maneira”.

O executivo conta que a rede de parceiros da boo-box alcança 80 milhões de pessoas por mês. “É necessária muita tecnologia para saber onde colocar cada propaganda, são 200 campanhas rodando simultaneamente. Toda vez que alguém acessa um desses sites, a gente escolhe uma das 200 campanhas para exibir a essa pessoa”, diz. Obviamente, a boo-box também faz segmentação por perfil. “Como a gente acompanha a navegação de 80 milhões de usuários no país, a gente consegue detectar as suas preferências e gerar um perfil para cada pessoa”.

Gomes conta que a boo-box trabalha hoje com cerca de 1,5 mil anunciantes, entre pequenos, médios e grandes e exibe três bilhões de anúncios por mês. “Trabalhamos com todas as principais e grandes agências”, garante.

Inovação

Com investimento da Monashees Capital e da Intel e 50 funcionários, a boo-box surgiu em 2007 e vem se destacando no mercado pela inovação – no ano passado, foi listada como uma das empresas de publicidade mais inovadoras no mundo pela revista norte-americana Fast Company. A empresa já trabalha, por exemplo, com o conceito “Conversational media”, em voga nos Estados Unidos. O conceito nada mais é do que inserir a propaganda de uma marca de maneira natural em um conteúdo livre. “É como se fosse um publieditorial, só que o publieditorial é feito e aprovado pelo anunciante. Já no ‘conversational media’ o publisher produz o conteúdo. É um conceito muito poderoso e relevante na publicidade online que a gente vai ver cada vez mais”, destaca.

O fundador da boo-box explica que a empresa está trabalhando com o conceito para várias marcas. “Selecionamos uma rede de blogs que falam sobre o tema e inserimos o selo de patrocínio da marca nesses sites. Isso gera um resultado incrível”, ressalta Gomes.

Um dos cases de destaque foi uma ação elaborada pela DM9DDB para o Terra no Twitter, onde a boo-box trabalha com perfis de 20 mil usuários. O desafio era fazer com que as pessoas assistissem ao show ao vivo do Paul McCartney no portal. “O show foi transmitido pelo Terra Sonora em um domingo à noite, pior horário para fazer qualquer coisa na web. O desafio era fazer as pessoas pararem de assistir ao “Fantástico” e ver o show na web. A campanha foi um sucesso e levou mais de um milhão de pessoas para o Terra no momento do show”, recorda.