Creator economy registra crescimento de 30% na geração de trabalhos
Pesquisa da FGV Comunicação Rio aponta que mais de 389 mil ocupações foram geradas no setor dos produtos digitais nos últimos 12 meses
A FGV Comunicação Rio, em parceria com a Hotmart, publicou um novo estudo sobre a creator economy no Brasil. O levantamento 'O impacto socioeconômico dos negócios digitais da Creator Economy no Brasil' apontou que o número de trabalhos diretos e indiretos gerados no setor no país apresentou crescimento de 30% nos últimos 12 meses.
A pesquisa também revelou que mais de 389 mil ocupações foram geradas no setor dos produtos digitais nos últimos 12 meses. Na primeira edição do estudo, existiam mais de 302 mil postos de trabalho.
Segundo o levantamento, 42% dos respondentes afirmaram que a venda de produtos digitais é sua principal fonte de renda com o retorno em faturamento sendo 154% superior. O faturamento dos produtores que abriram empresas é, em média, duas vezes maior do que o de pessoas físicas. Dos participantes que têm a Hotmart como principal fonte de renda, 64% afirmaram que o aumento nos ganhos no último ano foi expressivo.
Ainda de acordo com a pesquisa, 32% dos respondentes têm interesse em expandir seus negócios digitais para a venda de produtos físicos. Além disso, 55% dos produtores e co-produtores já utilizam ferramentas de inteligência artificial em alguma tarefa ou rotina de criação de conteúdo, e 83% usa a tecnologia para criar ou editar imagens, seguido de criação ou edição de texto (80%) e áudio (27%).
61% dos criadores de conteúdo entrevistados têm menos de 40 anos. 59% têm ensino superior completo e 16% pós-graduação, mestrado ou doutorado, evidenciando alta qualificação. Entre as principais razões de motivação para terem se tornado infoprodutores, estão a geração de novas formas de monetização (33%), o aumento de renda (24%), a liberdade de tempo (20%), a liberdade geográfica (16%) e vontade de empreender (13%).
"Os resultados indicam que a venda de produtos digitais contribuiu para a diversificação das fontes de receita desses produtores. Nós vimos também que os criadores de conteúdo passaram a usar mais ferramentas tecnológicas e a se formalizar como pessoa jurídica", diz Beatriz Pinheiro, pesquisadora da FGV Comunicação Rio.
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