"Criatividade deve estar na base do negócio da agência", diz Gama
Mário D’Andrea, Hugo Rodrigues e Alexandre Gama participaram do encontro
Na manhã desta quinta-feira (25), a APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) reuniu o mercado para debater o papel do líder no mundo da publicidade. Sob o tema “Presidente Criativo” foi realizado, na ESPM, o 32º Fórum de Debates da entidade, com a presença dos presidentes Alexandre Gama, da Neogama, Hugo Rodrigues, da Publicis, e Mário D’Andrea, da Dentsu.
“Na minha visão, a expressão ‘presidente criativo’ não representa um cargo, mas uma maneira de empreender”, declarou Gama, que defende que a criatividade deve estar na base do negócio da agência e no topo do organograma. “Isso faz toda a diferença se você quer ter um negócio criativo. Portanto, é fundamental ter um líder criativo”.
Da mesma opinião, Hugo Rodrigues acredita que a criatividade deve estar em todos os departamentos. “Não podemos esperar criatividade só da criação. Isso acabou há muito tempo”, ressaltou o executivo, que baseou sua apresentação toda no conceito de “Líder Incompleto”, de Harvard. “Líderes precisam se sentir incompletos e isso é muito difícil no Brasil, um país que ainda acha que tem o melhor futebol do mundo. O brasileiro é soberbo. Como líder, é preciso se sentir incompleto, só assim é possível ver seus pontos fortes e também os fracos, para então ver que você também depende dos outros”, destacou.
Também da área criativa, o presidente da Dentsu, que começou como redator, diz que não esperava chegar ao cargo de liderança. “A gente não pensa muito em se tornar presidente e sim em fazer mais e melhor”, lembra D’Adnrea. “Quando era redator, não pensava muito se o trabalho era considerado criativo ou não, mas sim no que aquele trabalho causava nas pessoas. É por isso que me considero um cara especializado em pessoas e isso é muito importante. Consumidores mudam, pessoas não”, complementou.