CTV Ad Days Brasil discute impacto da TV conectada no consumo de mídia
Evento teve painéis focados na experiência de publicidade para a nova geração
Aconteceu nesta terça-feira (3) o CTV Ad Days Brasil. O evento promovido pela Dataxis – e que teve o propmark como media partner – destacou o impacto da televisão conectada (Connected TV) no consumo de mídia e publicidade no Brasil.
O NXT Media Days Brasil reuniu três conferências: Nextv Series Brasil, Retail Media Days Brasil e CTV Ad Days Brasil. Entre os painéis apresentados na conferência de TV Conectada, o "O caminho para a medição multi-currency no Brasil" trouxe reflexões sobre os desafios tecnológicos e estratégicos para se adaptar às transformações do mercado.
O painel, mediado por Vinicius Novaes, editor no propmark, contou com as painelistas Marcia Esteves, CEO e sócia da agência Lew'Lara/TBWA e presidente da Abap, Flávia Drummond, diretora de marketing, growth & CX da rede de farmácias Pague Menos, Juliana Nascimento, CRO na FCB & Managing Director da FCB/SIX e Gabriela Sicito, diretora de inteligência de mercado e adservices na Globo.
Para Márcia Esteves, o avanço do multicanal para o omnichannel representa uma transformação significativa na experiência do consumidor. “Não são a mesma coisa, mas ao mesmo tempo são. A gente vivia num mundo multicanal, na verdade, diversos canais, não necessariamente interligados”, explicou. Ela destacou que a evolução para o omnicanal permitiu que os consumidores vivessem experiências mais integradas, independentemente do ponto de contato. “Só de você conseguir permitir uma mesma experiência, independente de onde o consumidor esteja, já é uma evolução”, completou.
Já Juliana Nascimento abordou as nuances das métricas publicitárias e como elas devem ser adaptadas às particularidades de cada anunciante. “Porque também não existe um conjunto de métricas que funcione para toda e qualquer empresa. A natureza das empresas muda”, afirmou. Ela também destacou o trabalho colaborativo entre agências e anunciantes para construir arquiteturas de mensuração personalizadas. “A gente procura os dados que recheiam a arquitetura e, quando há algum tipo de diferença na maneira que a gente obtém os dados, há todo um trabalho também de tratamento disso”, disse.
Na avaliação de Gabriela Sicito, os avanços tecnológicos trouxeram desafios relacionados à medição de conteúdos em plataformas conectadas, como o Globoplay. “Hoje, você consegue medir informações de quem está vendo o Globoplay, mas não necessariamente qual conteúdo dentro do Globoplay”, ponderou. Ela também chamou atenção para o impacto da composição demográfica e as limitações de tecnologias atuais e sobre as diferentes jornadas e realidades dos consumidores.
Flávia falou sob o ponto de vista do anunciante final da questão do compartilhamento de dados entre publishers e anunciantes. Ela ressaltou a importância de agir com responsabilidade e segurança. “Tem que saber com quem dividir, o que dividir e, sobretudo, como usar e sempre ter o consentimento do cliente”, afirmou. Flávia também destacou as dificuldades de atribuir resultados de campanhas online e off-line. “Apesar de ter trilhado um caminho, ainda temos muita pista pela frente no modelo de atribuição do on e do off”, concluiu.
Foto: Alê Oliveira