CVV e Facebook lançam bot para auxiliar na prevenção de suicídio
Aviso: o CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Mais informações neste link. Para acessar o bot do CVV, entre em https://www.facebook.com/cvvoficial/ e clique em “Enviar Mensagem”.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) lançou nesta terça-feira (22), com o apoio do Facebook, mais um canal de comunicação: um bot no Messenger que utiliza inteligência artificial para agilizar os atendimentos e priorizar quem busca informações sobre prevenção do suicídio e sobre o CVV e seus canais de ajuda pela sua página na rede social.
A experiência virtual busca atender a um dos principais desafios do CVV: facilitar o acesso a informações e aos canais de ajuda. Adicionar tecnologia aos primeiros minutos do atendimento às pessoas que buscam mais informações também ajudará o CVV a ganhar eficiência e economizar recursos preciosos, como o tempo de resposta a essas pessoas e dos voluntários que podem estar disponíveis a quem precisa de apoio com urgência.
O bot, cuja tecnologia foi desenvolvida pela Nama, responde a dúvidas administrativas, como, por exemplo, como se tornar um voluntário ou contribuir com a entidade. O apoio emocional e prevenção do suicídio são atividades que continuarão restritas aos três mil voluntários do CVV em todo o país.
“O CVV sempre buscou de forma contemporânea utilizar as novas tecnologias em equilíbrio com o atendimento humano que possibilite um encontro entre pessoas, para acolher de maneira eficiente aqueles que buscam por ajuda. Há 57 anos, quando o CVV foi fundado, o telefone era uma tecnologia para poucos, e já era um meio utilizado pela entidade”, comenta Elaine Macedo, voluntária e porta-voz do CVV. “Assim como fomos a primeira organização para prevenção do suicídio a usar o chat como forma de atendimento há alguns anos.”
Para aqueles que estão procurando ajuda urgente, o bot fornecerá informações e links para os canais de ajuda do CVV, nos quais encontram-se voluntários disponíveis para conversar, como o telefone sem custo de ligação 188, o chat online ou e-mail.
Já para quem quiser saber mais sobre a organização ou quiser contribuir, o bot trará informações sobre o trabalho e a história do CVV, além de opções para doação.
Outro público que busca a organização é formado por aqueles que desejam ser voluntários, que receberão informações sobre os tipos de oportunidades disponíveis, formas de inscrição, calendário de cursos para seleção e respostas para perguntas frequentes.
“Nos preocupamos muito com o bem-estar da nossa comunidade e trabalhamos com organizações em todo o mundo, como o CVV e a Safernet no Brasil, para fornecer apoio a pessoas que estejam passando por dificuldades emocionais”, afirma a gerente de programas de bem-estar do Facebook na América Latina, Daniele Kleiner.
“Temos desenvolvido uma série de recursos na plataforma para garantir que amigos e familiares possam ajudar uma pessoa quando ela indica em uma publicação estar passando por um estresse emocional”, acrescenta.
Desde 2017, por exemplo, uma ferramenta no Facebook Live permite o envio informações de ajuda emergencial a amigos, incluindo o contato do hotline do CVV. Outra ferramenta sinaliza para o Facebook conteúdos que podem sugerir que alguém está em risco iminente. Em casos urgentes, times do Facebook acionam socorristas locais.
Rodrigo Scotti, CEO da Nama, destaca o potencial da inteligência artificial para melhorar a vida das pessoas e, também para facilitar o acesso a serviços essenciais.
“Estamos ao lado do Facebook e do CVV neste trabalho tão importante de valorização da vida. O chatbot se mostra especialmente eficaz em casos sensíveis como este, onde o certo distanciamento da interação com a máquina acaba sendo positivo, já que ajuda a quebrar uma eventual resistência da pessoa que sofre, facilitando o primeiro contato para falar de um assunto extremamente doloroso e que, infelizmente, muitas vezes ainda é visto como tabu, provocando constrangimento de tocar no assunto”, diz.