Da VML, ‘Future 100’ revela tendências para América Latina

Foram ouvidas quatro mil pessoas na região Latam e nove mil em todo o mundo para balizar comportamentos sinalizados à publicidade

O futuro bate à porta da aldeia global todos os dias. E novos cenários prospectam o presente a cada segundo. A publicidade se propõe a observar essa cena para capturar insights capazes de trazer conectividade com clusters por meio de ponderações estatísticas, pauta ESG, complexidade antropológica e todo o arsenal tecnológico para tornar palatáveis conteúdos mercadológicos para influenciar decisões de compras e de fidelização às marcas anunciantes.

A VML Intelligence preparou 20 tendências globais mais relevantes para a América Latina no estudo analítico ‘The Future 100’ 2024. Com dados quantitativos para subsidiar e dimensionar mudanças. A divisão data da rede de agências do WPP fez quatro mil entrevistas com adultos com mais de 18 anos na Argentina, Brasil, Colômbia e México. No âmbito global a amostra contou com nove mil indivíduos com o mesmo perfil na Argentina, Brasil, China, Colômbia, França, Índia, México, Reino Unido e Estados Unidos.

Uma constatação na região Latam é que as pessoas são realistas em relação à complexidade e aos problemas como violência (67%), pobreza (66%), clima (64%), custo de vida (63%), turbulências econômicas (51%), saúde mental (48%), guerras (34%), imigração/refugiados (34%), desigualdade social, gênero e etnia (21%) e saúde física (18%). Por outro lado, apesar das ansiedades, as pessoas se mantêm esperançosas, principalmente em nível pessoal: há mais otimismo no ar. Mas com ansiedade entre todos os núcleos geracionais, da geração Z aos baby boomers.
Os integrantes da amostragem, porém, não veem a tecnologia como algoz. Pelo contrário. Para 87%, ela pode fazer do mundo um lugar melhor e para 82% une pessoas. E 73% confia na inteligência artificial para agir de acordo com os melhores interesses da humanidade. Mas, não terá força para substituir as emoções. Paradoxalmente, o estudo aponta onde a tecnologia pode superar os seres humanos: seguir instruções (39%), criatividade (31%), novas ideias (29%), previsões (27%) e tomada de decisões imparciais (25%).

A VML Intelligence viu que as pessoas querem se reconectar com o mundo e entre si. “Há um desejo coletivo de enriquecer a vida através de emoções (91%), experiências (78%) e conexões (72%). Diante desse quadro, a pesquisa traz algo crucial para agências, canais de mídia e anunciantes: “Exaltar a humanidade e conexões são oportunidades chave para marcas. As pessoas esperam que as marcas ofereçam otimismo e animação”. O principal recorte é que as marcas devem fazer do mundo um lugar melhor (45%); melhorar a saúde das pessoas (44%); criar um futuro mais positivo e esperançoso (35%); unir pessoas e criar senso de comunidade (24%); educar (23%) e surpreender (21%). Outro dado é que as marcas devem trazer alegria e risada às pessoas.

As marcas, em síntese, precisam ter o que a VML Intelligence chama de engenharia emocional. “Dois terços das pessoas no mundo todo afirmam querer que marcas as ajudem a sentir emoções intensas, de acordo com o estudo ‘A era do reencanto’, de 2023, da VML Intelligence. Há um espectro de emoções a serem exploradas, e as marcas estão recorrendo a novas métricas ligadas aos impactos emocionais que causam nos consumidores para medir seu sucesso. No futuro, o desempenho de uma marca poderá envolver métricas como suspiros de alívio, lágrimas de alegria, arrepios ou o quanto ela deixa as pessoas sem palavras. Como os consumidores são mais propensos a se conectar com marcas que os fazem explorar uma gama de sensações, no Brasil e na Argentina eles estão experimentando emoções como o medo”, explica o ‘Future 100’ Latam.

Adaptação
O mundo gira e a Lusitana roda. E a questão ambiental é crucial para todo o ecossistema humano, constata o ‘The Future 100’. Em show da cantora Taylor Swifit no Brasil, a proibição de o espectador levar sua água provocou acidente e mudança na regra míope. Porque vender não é uma experiência e só gera engajamento positivo caso haja uma sinergia da marca com usuários.

Leia a matéria na íntegra na edição do propmark de 15 de abril de 2024