D&AD 2012 mostra rigor peculiar
Desde a manhã desta segunda-feira (16), cerca de 200 profissionais de criação, design, fotografia, produção, direção de cena e várias outras áreas de som, imagem e comunicação estão reunidos no Grand Hall do Olympia, um centro de eventos e exposições em Londres, julgando aproximadamente 20 mil trabalhos inscritos no D&AD 2012. O festival, organizado pela associação de Designers & Art Directors de Londres chega neste ano à sua 50a. edição.
Desde o início, quando era limitado ao Reino Unido e às áreas de design e direção de arte, deixou sua marca como uma competição caracterizada pelo rigor do júri. No decorrer das últimas cinco décadas, abriu suas fronteiras para os demais mercados da Europa e do mundo, ampliou seu olhar para as múltiplas disciplinas de marketing, porém, manteve firme a fama que lhe dá prestígio: exatamente o extremo rigor.
Pelos primeiros resultados de shortlist, divulgados agora há pouco no Olympia, já é possível perceber que o Anuário de 2012 do D&AD deverá mostrar o rigor que lhe é peculiar. Na categoria de Texto para Design, por exemplo, há uma única inscrição que recebeu votos suficientes para disputar prêmio, no caso um Lápis Amarelo, tradicional símbolo da competição. O resultado, ou seja, se a “nominação” da peça em questão será de fato um prêmio, só será revelado em uma cerimônia marcada pra a próxima quinta-feira (19), aqui em Londres. O trabalho que o júri de Texto para Design, presidido por Jim Davies, da Totalcontent, considerou “premiável” ê “Holiday Card”, da Pentagram Design, do Reino Unido. Outros três trabalhos dessa área receberam votos para “In-Book”, ou seja, para constar do Anuário do D&AD 2012.
O rigor também pode ser constatado nas demais áreas com seus respectivos shortlists revelados. Em Music Video, há apenas três indicações para prêmios, duas campanhas da França, “El Nino” e ” Les Télécreateurs”, e uma dos Estados Unidos, intitulada “Pretty Bird”. Em Mobile Marketing, o júri presidido pelo inglês Scott Seaborn, da Ogilvy, apontou cinco campanhas com a posição de “nomination” e escolheu outras duas para “In-Book”. Os trabalhos que disputam prêmios são “Be the coach” (Ogilvy África do Sul para cerveja Carling), “Wi-Fiction” (JWT Austrália para Melbourne Writers Festival), “Star Player”, da AKQA London para Heineken, “O som do futebol”, da Society 46, da Suécia, para Carlsberg; e “The nightjar”, da AMV BBDO, de Londres, para Wrigleys. Na área de Fotografia, o júri apontou 11 campanhas para a disputa de Lápis Amarelo: seis do Reino Unido, uma dos Estados Unidos, uma da Alemanha, uma da Austrália, uma da África do Sul e uma da Holanda. Nas competições com shortlists divulgados hoje, o Brasil não inscreveu trabalhos.