O publicitário Dalton Pastore deverá ser candidato único para a eleição da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), marcada para o próximo dia 2 de maio. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (2), durante a primeira reuinião nacional da entidade de 2007 realizada no Rio de Janeiro. Se aceitar o convite, será a terceira vez consecutiva que Pastore estará à frente da associação.
A idéia do publicitário era anunciar o nome de Luiz Lara, presidente da agência Lew,Lara e do capítulo da Abap em São Paulo, contrariando tendência dos demais presidentes de capítulo que queriam Pastore à frente da entidade por mais um mandato. Pastore vai consultar sua família antes de tomar a decisão.
Afastado do dia-a-dia da Carillo Pastore Euro RSCG, que acaba de ter a totalidade das ações adquirida pela holding francesa Havas, o atual presidente da Abap pode capitular e dar continuidade à sua gestão na entidade, já que seu único compromisso é integrar o conselho do Havas no mercado brasileiro. “Fui surpreendido com esse pedido. Queria que fosse o Lara, mas diante dos apelos, que me deixou emocionado, vou pensar”, disse Pastore, que também homenageou o ex-vice-presidente Daniel Barbará, em nome da entidade, com uma placa que enaltece sua participação na Abap. Barbará não integra mais a diretoria por ter trocado a DPZ pela presidência da CBM (Companhia Brasileira de Multimídia). Ele, aliás, era o nome mais cotado para suceder Pastore na associação. “O Lara e o Barbará eram os candidatos naturais”, confirmou Pastore.
O mandato do atual presidente da Abap termina no final de abril e ele explicou que a entidade não vai mais organizar este ano a 7ª edição do Ebap (Encontro Brasileiro das Agências de Publicidade), que estava agendado para este mês de março. “Tivemos muitos contratempos e a agenda ficou comprometida. Pode ser que ele seja realizado ainda em 2007, mas será difícil”, afirmou Pastore.
Na reuniãio da Abap também ficou decidido que o Código de Ética da entidade, cuja redação está sendo finalizada por Stalimir Vieira e tem como base o trabalho desenvolvido por Hiran de Souza, da Exclam do Paraná. A novidade foi a criação de um Conselho de Ética que deverá ser presidido por um publicitário fora das competições de mercado. O nome mais cotado é o de Geraldo Alonso Filho, afastado das agências desde que negociou suas ações na Publicis Brasil para o grupo Publicis.
A atuação de Pastore na Abap, especialmente na condução do imbróglio corporativo que ficou conhecido como “valerioduto”, é um dos principais motivos para a diretoria da entidade pedir para que ele fique. O porta-voz foi Genival Ribeiro, presidente da Abap na Paraíba, que falou em nome dos 18 presidentes de capítulo. Nesta tarde, o conselho diretor da associação decidiu pela criação de mais dois capítulos, em Brasília e Mato Grosso. A sede nacional da entidade, que estava em Brasília, volta a ser em São Paulo.
Paulo Macedo