Decifrando o enigma do mobile marketing
A minha participação como palestrante no Dmexco deste ano confirmou que estamos investindo nossa inventividade no caminho certo, pois o uso da tecnologia e dos dados de geolocalização como forma de criar experiências mais envolventes com o consumidor foi um dos grandes temas deste pólo centralizador da inovação em Adtech na Europa. Foram 50 mil profissionais e estudiosos, mais de 1000 expositores e 570 palestras acontecendo ao mesmo tempo em Colonia, na Alemanha.
No painel Today’s Marketing Maze – Solving the cross device problem, tive a oportunidade de debater com grandes nomes da indústria como Scott Shapiro, do Facebook, Michiel Van Eldik, da Vimpelcom e Henk Van Niekerk, da AOL International, com o objetivo de compreender melhor o caminho percorrido pelo consumidor quando este absorve conteúdo através de diferentes dispositivos.
Ficou claro o que já sabemos há algum tempo: para entender de comportamento do consumidor usando a tecnologia, é necessário que o mercado pare de trabalhar com a cabeça centrada no desktop. O mundo é dos smartphones, wearables e tablets. E é essa nova realidade que aparece como um trunfo, visto que os dispositivos portáteis são capazes de oferecer dados muito mais assertivos sobre o público.
Junto a ela, a geolocalização surge como uma das apostas mais promissoras do mercado. Dos presentes no debate, 44% apontou o uso de dados de localização como a estratégia mais promissora para solucionar o labirinto do marketing mobile. Afinal, o dado da localização vai muito além do local onde o consumidor está. Localização é, principalmente, saber em que contexto o público está consumindo, suas intenções, seus hábitos, suas necessidades e desejos. Os locais frequentados pela audiência são capazes de revelar muitos aspectos sobre o seu comportamento, facilitando o retargeting no mobile.
Além de promover insights sobre os desejos, necessidades e hábitos do público-alvo, o uso destes dados é capaz de oferecer métricas muito precisas sobre o comportamento do consumidor dentro da loja, um dos grandes desafios dos profissionais de marketing de hoje em dia.
Aqui, a geolocalização também aparece como uma das apostas mais certeiras do mercado. Afinal, os dados de localização da audiência funcionam como uma espécie de cookie do mundo físico, facilitando a missão de tentar decifrar um dos maiores enigmas do cross device: saber se o público que está consumindo conteúdo em dispositivos como tablets e smartphones é o mesmo que também está acessando o desktop.
André Ferraz é CEO da In Loco Media