Design projeta R$ 2,5 bi com exportações

Empresas brasileiras de design esperam que o faturamento com a exportação de seus serviços atinja R$ 2,5 bilhões até 2018. As receitas devem vir principalmente de clientes do continente americano, atual foco do projeto Brasil Design, iniciativa para promover o design brasileiro fora do país. O projeto é realizado pela Abedesign (Associação Brasileira das Empresas de Design) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

A região andina é a com mais oportunidades no momento. De acordo com Roger Rieger, diretor comercial da Abedesign, Peru e Colômbia são os que mais oferecem possibilidades para a venda do design brasileiro. “Esses países estão passando por momento positivo, têm afluxo de capitais e evolução econômica em curso”, analisa. “Vemos um cenário bastante positivo para explorarmos”. O executivo também cita a aproximação cultural e linguística como facilitador para os negócios.

Nesta quarta-feira (21), cinco escritórios brasileiros desembarcam em Bogotá, capital colombiana, para a 7ª edição da Expomarketing, maior evento de marketing da região andina. As empresas Pande, Komm, Oz Estratégia + Design, Greco Design e Planobase Lubianca, que atuam nos segmentos de branding, inovação, design de embalagem, design digital, environmental design, design de produto e design gráfico, serão as representantes nacionais. A participação das empresas é por adesão. Não há escolha feita pela Abedesign.

A curto prazo, a expectativa é de que sejam gerados US$ 300 mil em negócios para as empresas do país. A próxima região a ser explorada é a América Central e, depois, Estados Unidos. “Estamos observando a América Latina. O Brasil tem o costume de olhar muito para o Atlântico e acreditamos ser necessário voltar os olhos para a região do Pacífico”, analisa.

Promoção

Desde 2006, o projeto Brasil Design vem promovendo a atividade no mercado internacional. Iniciativas como a participação no Cannes Lions, com a presença de delegados, jurados e a inscrição de peças ajudam a divulgar institucionalmente o espírito do design brasileiro, diz Rieger. “Isso, além de ações como as viagens internacionais que promovemos, são estratégias de imagem. Agora o foco é em oportunidades concretas para vender o design brasileiro”, explica.