Anunciantes colocam os pequenos no centro da conversa, além de mirar nos vínculos emocionais e equilíbrio entre telas e brincadeiras
Historicamente, o Dia das Crianças é considerado o terceiro evento mais relevante do calendário do varejo nacional. A afirmação é do presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Celebrada no dia 12 de outubro, a comemoração aos pequenos coincide com o feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, e, neste ano, deve movimentar R$ 9,96 bilhões no varejo brasileiro, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Se concretizado, esse será o maior volume em dez anos, superando até mesmo o cenário pré-pandemia, em 2019, que movimentou R$ 9,76 bilhões. Apesar do volume cheio, a alta na comparação com 2024 segue uma média de 1,1%, o que a Confederação aponta como um reflexo da inflação, dos juros elevados e o aumento no endividamento das famílias.
Brinquedos em alta
No cenário internacional, a consultoria Circana indica que a indústria global de brinquedos voltou a crescer após retração em 2024. Até julho deste ano, o setor registrou avanço de 8% no faturamento, puxado pela América Latina, que cresceu 10%. Brasil e México foram os principais motores desse resultado, principalmente por categorias como jogos, quebra-cabeças, blocos de montar e colecionáveis. Vale pontuar que as categorias também são beneficiadas pelo movimento dos chamados “kidults”, adultos que consomem brinquedos buscando bem-estar e nostalgia.
Já concentrando o contexto de retomada desses produtos no público-alvo da data, dados da Kidscorp revelam que 83% das crianças aguardam ansiosamente o Dia das Crianças e 91% pedem brinquedos. Desses, 41% chegam a especificar personagens. O levantamento mostra ainda que sete em cada dez compras de brinquedos são influenciadas diretamente pelos filhos.
Nesse cenário, marcas têm apostado em estratégias que não falam apenas para a criança, mas com ela, reconhecendo seu papel como protagonista no processo de consumo. A campanha da Ri Happy é um exemplo. Sob o conceito ‘Aprovado por crianças’, a rede de brinquedos trouxe Barbie e Brooklyn como influenciadoras digitais em filme animado criado pela Arc Worldwide Brasil (Publicis Groupe).
“Nosso compromisso vai além de vender brinquedos; queremos ser parte da construção de memórias que duram a vida inteira”, explica Thais Castro Lima, diretora de marketing do Grupo Ri Happy. Já a Penalty apostou no filme ‘Sonha e se joga’, criado pela Baila, para destacar o poder da imaginação das crianças. Na peça, uma criança aparece concentrada para cobrar um pênalti em um estádio lotado, cena gerada por IA. No instante seguinte, o enquadramento revela a realidade: ele brinca no quintal de casa, improvisando a porta da garagem como uma ‘trave’.
Leia a matéria completa na edição do propmark de 06 de outubro de 2025